O Alentejo Central foi o que mais femicídios registou, em contexto de violência doméstica, a nível nacional, segundo o relatório da Polícia Judiciária, “Homicídios nas relações de intimidade – Estudo dos inquéritos investigados pela Polícia Judiciária”.
Os dados foram registados entre 2014 e 2019 e o distrito registou uma taxa de 2,62% por 100 mil habitantes, 128 mortes em relações de intimidade, em que 111 eram mulheres. Em média foi assassinada mais do que uma mulher por mês em contexto de violência doméstica.
O perfil das vítimas refere-se a mulheres entre os 41 e os 60 anos, sendo que corresponde também ao dos agressores, que se se destacam pela baixa escolaridade, uma vez que 34% não passaram do primeiro ciclo.
Em 66% dos crimes registados a vítima e o agressor viviam juntos e em praticamente metade das mortes os dois eram casados. O relatório refere ainda que o agressor “poderá ter registo de antecedentes policiais e consumir substâncias, particularmente álcool, exibindo comportamentos de ciúmes, perseguição e controlo”.
