Quase 30 doentes com Covid-19 já receberam cuidados de saúde na estrutura municipal de apoio ao Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), desde que abriu há quase duas semanas.
Em comunicado, a autarquia indicou que a estrutura municipal de apoio (EMAHESE) cedida à unidade hospitalar recebeu, desde o dia 9 deste mês, um total de 28 doentes infetados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
A EMAHESE “registou, desde a sua abertura, uma presença máxima, em simultâneo, de 13 pacientes”, acrescentou o município, sublinhando que o espaço está “a cumprir cabalmente os pressupostos que originaram a sua criação”.
Os cuidados aos doentes transferidos do edifício hospitalar para este equipamento são prestados por uma equipa multidisciplinar do HESE, constituída por médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e assistentes sociais.
Na quinta-feira, o HESE alertou para a necessidade urgente de mais enfermeiros para doentes com covid-19, no hospital e na estrutura municipal de apoio, e apelou a todos os profissionais disponíveis para reforçar turnos.
O HESE “apela à colaboração de todos os enfermeiros que a nós se queiram juntar para realizar turnos na Estrutura Municipal de Apoio para doentes covid-19”, pode ler-se num comunicado da unidade hospitalar enviado então à Lusa.
Segundo a presidente do conselho de administração do HESE, Maria Filomena Mendes, este reforço é preciso para dar resposta aos utentes com a doença provocada pelo novo SARS-CoV-2.
“Necessitamos urgentemente de mais enfermeiros para reforçar as equipas já existentes” para doentes com covid-19, no hospital e também na EMAHESE, alertou a responsável, citada no comunicado.
Arrendado pela câmara de Évora, o pavilhão onde funciona a EMAHESE para doentes covid-19 situa-se na zona industrial da Horta das Figueiras e possui 14 camas, que podem chegar às 40 em caso de necessidade.
A Câmara de Évora divulgou anteriormente que este equipamento dispõe de refeitório para doentes, lavandaria e balneários, além de que os profissionais de saúde e o pessoal auxiliar têm à sua disposição várias zonas de trabalho, um espaço de refeições e uma zona de descontaminação.
Este equipamento foi o segundo que a câmara de Évora criou como resposta à pandemia de Covid-19, depois da instalação de uma estrutura semelhante na residência universitária Manuel Álvares, num investimento a rondar os 75 mil euros.