Hospital de Beja transfere doentes para estrutura de apoio em base aérea

O hospital de Beja iniciou a transferência de doentes covid-19 para a Estrutura de Apoio de Retaguarda na Base Aérea n.º 11, disse à Lusa uma fonte da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).

Cinco doentes foram transferidos ontem do hospital José Joaquim Fernandes para a unidade de apoio localizada “a cerca de 10 minutos”, na base aérea de Beja, numa operação que teve o apoio dos Bombeiros Voluntários e que vai continuar a decorrer ao longo desta semana.

A mesma fonte não soube precisar quantos doentes vão ser transferidos no total, mas adiantou que Estrutura de Apoio e Retaguarda está a ser “dimensionada para 20 camas”, um número que “poderá ser aumentado” no futuro, em caso de necessidade.

Os doentes transferidos são pessoas que “não têm critérios de internamento hospitalar”, mas que, “por uma ou outra razão, não podem ficar em casa”.

Nesta Estrutura de Apoio e Retaguarda continuarão a ser acompanhados “pelo pessoal médico e de enfermagem da ULSBA”.

Para já, a base aérea só vai receber doentes oriundos do hospital José Joaquim Fernandes, mas a fonte contactada pela Lusa admitiu que, em função da “grande entreajuda entre as estruturas do Serviço Nacional de Saúde”, possa vir a receber doentes de outras unidades.

Após a transferência dos primeiros cinco doentes para a base aérea, o hospital de Beja tinha hoje ocupadas perto de 86% das camas de enfermaria covid-19, o que se traduz em 61 das 71 camas disponíveis.

A unidade de cuidados intensivos encontra-se com ocupação plena desde, pelo menos, o dia 4 de janeiro, altura em que ainda só tinha metade das oito camas da sua atual capacidade.