Lisnave regressou aos resultados positivos num ano de arrefecimento mundial

Mesmo com a baixa do nível de crescimento mundial, a empresa obteve resultados positivos em 2020 e vai partilhá-los com trabalhadores e acionistas.

A Lisnave regressou aos resultados positivos em 2020, com um ganho líquido de 5,81 milhões de euros, de um total de volume de vendas de reparação naval de 86,99 milhões de euros, mais 24,8 milhões que o registado em 2019.

Estes resultados obtidos pela empresa instalada na Mitrena, em Setúbal, que continua a fazer parte do top internacional do setor da reparação naval, correspondem a reparação de 76 navios que aportaram nas suas docas oriundos de vários países. E foram alcançados mesmo com “atividade condicionada pelo baixo nível de crescimento mundial” devido à pandemia, refere o Relatório e Contas da empresa.

Um fator a destacar deste balanço relativo ao ano passado refere-se à média de faturação por navio, que se fixou em 1,145 milhões, bem acima dos 864 e dos 949 mil euros, dos exercícios de 2019 e 2018, respetivamente.

O mesmo relatório indica que o total dos rendimentos de exploração foi de 95,81 milhões de euros. Isto é, mais 23,27 milhões do que o registado em 2019, e gastos de exploração de 87,74 milhões, mais 13,13 milhões que no período homólogo.

Quanto à situação líquida fixou-se em 36,9 milhões, valor que é cerca de 7,4 vezes superior ao valor do capital social.

O documento alude ainda a um esforço da atividade comercial desenvolvida no segundo semestre do ano passado, “para compensar os efeitos negativos da pandemia a partir de março”, com 540 consultas recebidas, mais 73 das ocorridas em 2019, e muito acima do seu melhor nível registado em 2015.

Os responsáveis da empresa manifestam a sua satisfação por ser possível, de novo, “partilhar os resultados obtidos, quer com os trabalhadores, quer com os acionistas”.

Sublinhe-se, ainda, que com a atividade registada em 2020, foi possível à Lisnave assegurar pagamento de salários globais equivalentes a 1,382 milhões de euros e, ainda entregar ao Estado cerca de 234 milhões de euros, em contribuições para a Segurança Social, IRS e outros impostos.