Investimento de 20 milhões dá ‘nova vida ao terreno da antiga conserveira em Sesimbra

O edifício de uso misto prevê, além de um aparthotel, área de habitação, cem lugares de estacionamento e um espelho de água decorativo com ligação até ao mar.

É oficial: um novo empreendimento hoteleiro e habitacional vai emergir bem no coração de Sesimbra, no antigo terreno anteriormente ocupado pela antiga fábrica de conservas, após aprovação, por unanimidade, em reunião de câmara de 21 de abril, do Pedido de Informação Prévio (PIP) para o projeto de grande dimensão ocupar a Rua da Cruz, Largo Eusébio Leão e Rua Amélia Frade. “Era um espaço do antigo armazém, antiga praça que será reabilitada e que vai transformar o centro da vila. Além disso, não é uma operação estritamente habitacional para segunda habitação. Haverá apartamentos turísticos que prevê uma unidade hoteleira que para nós é importante até do ponto de vista de criação de emprego, da dinâmica do turismo e do próprio concelho”, conta ao Semmais o presidente do município, Francisco Jesus.

O edifício de uso misto prevê um aparthotel de quatro estrelas, zona habitacional, um espaço destinado a equipamento e um espelho de água decorativo que faz a ligação entre o edificado e o mar. O futuro empreendimento vai, também, favorecer a vila com mais 100 novos lugares de estacionamento público. “Ao juntarmos aos 300 lugares do Sesimbra Shell e da operação que estamos neste momento a tramitar para o reordenamento da Avenida da Liberdade, nomeadamente ao nível do estádio, estamos num curto espaço de tempo, entre 4 a 5 anos, a falar na criação de 1100 novos lugares de estacionamento em Sesimbra”, sublinha o autarca.

 

Projeto prevê preservação de pavilhão da antiga fábrica

Envolvendo um investimento global na ordem dos 15 milhões de euros, aos quais acrescem mais cinco milhões pela aquisição do terreno privado, o empreendimento de “grande qualidade arquitetónica” num terreno com capacidade construtiva face aos instrumentos de gestão do território privado, previsto para construção, que permite uma ampla renovação da envolvente e com o reenquadramento e reaproveitamento de um edifício histórico que se encontrava “em processo de degradação”, garante a preservação de um dos pavilhões da antiga fábrica de conservas que existiu no local e que constitui uma referência histórica da vila. Ficam, ainda, asseguradas “a reabilitação e ampliação quase a triplicar da área do Largo Eusébio Leão, a requalificação da Rua Amélia Frade e da Rua da Cruz”.

A autarquia está em negociações com o promotor responsável pela operação do projeto, SJLS, no sentido de adquirir todo o piso térreo confinante com a Rua Amélia Frade e Largo Eusébio Leão, que inclui o antigo pavilhão de fábricas.  Até ao momento é desconhecida a data para o arranque dos trabalhos de construção, no entanto, e segundo o edil de Sesimbra, “na melhor das hipóteses entre setembro e outubro é expectável que aconteça alguma coisa no terreno”.

Apesar da pandemia, o município tem sido “um território atrativo em termos de investimento turístico”, e no próximo mês está previsto o aumento da planta hoteleira da vila com a abertura do Sesimbra Shell, situado na primeira linha do mar, e que fora adquirido pelo grupo Turim Hotels, após falência do anterior promotor que deixara inacabado o empreendimento.