Os trabalhadores da Visteon cumprem hoje greves parciais de uma hora por cada turno para exigirem aumentos salariais superiores aos 20 euros, ou 1,4%, que são propostos pela empresa instalada em Palmela.
“Os trabalhadores da Visteon de Palmela contestam os aumentos salariais propostos pela empresa porque nos últimos cinco anos tiveram aumentos salariais inferiores ao que tem sido o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN)”, disse à agência Lusa o coordenador da União de Sindicatos de Setúbal (USS), Luís Leitão.
“A empresa anunciou a intenção de avançar com um aumento de apenas 1,4% ou 20 euros, quando, só para igualar os aumentos do SMN nos últimos cinco anos, seria necessário um aumento de 75,16 euros”, sublinhou.
Em comunicado, a USS refere que a estratégia da Visteon visa justamente “igualar os salários por baixo”, para que os trabalhadores da empresa, num curto espaço de tempo, recebam apenas o SMN.
A paralisação efetuada hoje de manhã, entre as 7h00 e as 8h00, teve a adesão de 16 trabalhadores, que representam 70% do quarto turno, o mais pequeno, que tem apenas pouco mais de duas dezenas de trabalhadores.
Durante a tarde estão previstas mais duas paralisações, do primeiro turno, das 15h30 às 16h30, e do segundo turno, das 16h30 às 17h30.
Contactada pela agência Lusa, a administração da Visteon de Palmela escusou-se a prestar declarações.