Decorreu, na última quarta-feira, a cerimónia de assinatura do Protocolo para implementação e operacionalidade do novo posto de transferência do Pescado do Barreiro, na doca seca.
O acordo estabelecido entre a Docapesca, Portos e Lotas, S.A, a autarquia barreirense e “Os Camarros – Associação de Pesca Local”, estabelece as condições de cooperação entre as partes, com vista a assegurar a implementação de um Posto de Transferência de Pescado, no concelho do Barreiro, e a sua adequada gestão e manutenção.
Após a apresentação de uma candidatura ao programa MAR2020, por parte do município, que traz condições dignas de trabalho à comunidade piscatória do concelho, devido à requalificação da doca seca que hoje possui uma grua de sete toneladas, um novo cais de acostagem, máquinas de gelo, câmaras frigoríficas, rampas de acesso, nova rede elétrica, novos aprestos e áreas de trabalho, foi reconhecido o trabalho efetuado pela Associação “Os Camarros”, segundo enalteceu Frederico Rosa, Presidente da CMB.
Para o autarca, este protocolo é o “início de uma caminhada que vai ser longa, ainda que hoje tenha sido o culminar de um projeto, iniciado há dois anos, e que teve como objetivo reabilitar a doca seca, para que os pescadores tivessem mais condições de trabalho. É importante sentir que o Estado e entidades, como a Docapesca reconheceram o trabalho que aqui foi feito, a organização d’Os Camarros e percebem que estão reunidas todas as condições para se ir ainda mais além e continuar a investir”, adianta Frederico Rosa.
Segundo Teresa Coelho, Secretária de Estado das Pescas “esta obra representa um avanço para a comunidade piscatória do Barreiro, que passa a ter mais condições de segurança, mais valor no seu pescado e melhores condições para o desembarque das capturas, graças à Câmara Municipal que apresentou uma candidatura ao MAR2020”, sublinhou, acrescentando que com “o novo posto de vendagem, os pescadores podem desembarcar o seu pescado, registá-lo através das guias de transferência e transportá-lo para a lota, sendo o mesmo vendido através do sistema de leilão”.
Já o presidente do Conselho de Administração Docapesca, Portos e Lotas, S.A, Sérgio Faias, elogiou a “capacidade de execução e de resolução dos problemas”, neste projeto de reabilitação da doca seca que oferece melhores condições capazes de trazer uma perspetiva de futuro próspera para a comunidade piscatória, “um sonho tornado realidade, uma luta de 40 anos que agora vê a luz do dia”, acrescenta o pescador mais antigo do concelho, Rogério Correia, que não esconde o entusiasmo pelo projeto de reabilitação.