Peças de elevado valor patrimonial podem ser apreciadas, a partir de amanhã e até ao final do mês de junho, no Museu Municipal Pedro Nunes, em Alcácer do Sal.
Durante o mês de junho a exposição “À descoberta das reservas do Museu Municipal Pedro Nunes – A Azulejaria do século XVIII”, está patente no Museu Pedro Nunes. Composta por alguma azulejaria, onde predomina a temática figurativa e o azul, a exposição pode ser visitada de terça a domingo, das 9h às 12h e das 14h às 17h.
Chegado à Península Ibérica através da expansão islâmica, o azulejo teve origem nos centros hispa-mouriscos de Valência, Sevilha e Marrocos, que o exportaram para Portugal durante os finais do século XIV, o século XV e a primeira metade do século XVI. Ainda que o não tenham inventado, os portugueses descobriram novas formas de utilizá-lo, recriando-o. Num país como Portugal, com uma importante tradição de trabalho do barro e outros materiais cerâmicos, o reduzido custo do azulejo e a facilidade de o trabalhar proporcionaram, através da aplicação nas fachadas dos edifícios, uma visão mais rica e inovadora da arquitetura.
Em finais do século XVII surgiu um novo ciclo para a azulejaria, uma etapa marcada pela pintura exclusivamente azul, influenciada pela porcelana da China, sendo um sinal de sofisticação e qualidade. Procurado pela sociedade portuguesa para renovação decorativa de palácios e igrejas, o azulejo marca presença nestes momentos e adapta-se às novas necessidades de representação. A grande procura do azulejo de Delft (Holanda) fez com que as oficinas portuguesas reagissem. Começaram a criar azulejaria de figura avulsa, também conhecido como “Azulejos de Estrelinhas”.
O século XVIII pautou-se, ainda, pelo designado “Ciclo dos Mestres”. Os temas religiosos e profanos são combinados e surgem lado a lado, adaptando-se ao gosto Barroco, revestindo superfícies parietais, cúpulas e abóbodas ou em composições enquadradas por molduras ricamente decoradas por uma vasta gama de motivos.
“À descoberta das reservas do Museu Municipal Pedro Nunes – A Azulejaria do século XVIII”, vai estar patente ao público de 1 a 27 de junho.