Ana Catarina Mendes visita Setúbal e aponta importância do lay-off na manutenção de empregos

A presidente do grupo Parlamentar do PS destacou ontem, em Setúbal, a “importância do lay-off na manutenção de empregos no país durante a pandemia”, assim como dos apoios do Governo para assegurar a resiliência da economia do país.

Ana Catarina Martins, a líder parlamentar socialista, visitou ontem de manhã o complexo industrial da The Navigator Company, empresa transformadora de papel, no âmbito do roteiro de proximidade para a preparação do debate do Estado da Nação. O objetivo da visita foi fazer um balanço do impacto da governação socialista no território nacional e avaliar o modo como as políticas públicas fizeram a diferença no combate à pandemia de Covid-19.

A The Navigator Company, uma das maiores exportadoras nacionais do papel fino e de pasta de papel, recebeu mais de três milhões de euros de apoio ao emprego, verba que entregou aos trabalhadores e que permitiu manter os postos de trabalho.

Acompanhada pelos vice-presidentes da bancada do PS, Porfírio Silva e Constança Urbano de Sousa, e pelos deputados socialistas eleitos por Setúbal, Ana Catarina Mendes ouviu a posição da administração da empresa sobre a importância das apostas na “digitalização e na descarbonização industrial”, duas ideias que “vão ao encontro dos desafios que se colocam no futuro”.

Garantindo que “o PRR, o Orçamento do Estado e os fundos comunitários podem desempenhar um papel importante na recuperação económica após a pandemia”, a líder parlamentar do Partido Socialista destacou a importância dos apoios aprovados pelo governo, “numa situação difícil”, como forma de “assegurar a resiliência do tecido económico em Portugal”.

 

PS assumiu o compromisso de rever a situação criada pela NUT II

Já no decorrer da conferência sobre as soluções políticas para a viabilização das NUTS II na península de Setúbal, Ana Catarina Mendes sublinhou que é crucial “repensar como a região de Setúbal acede aos fundos europeus, no quadro da constituição de uma unidade territorial mais pequena, ou NUT III, para facilitar o acesso pelos nove municípios da Península de Setúbal a fundos comunitários”.

A deputada socialista acrescenta ainda que o PS assumiu o compromisso de rever a situação criada pela NUT II. “Podemos dizer que há disponibilidade do governo para negociar o processo das NUT’s”, avançou a líder da bancada socialista durante a sua intervenção na conferência promovida pela Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET), que contou com a participação da Comissária Europeia Elisa Ferreira e de parlamentares das várias forças políticas.

Para Ana Catarina Mendes, “é preciso olhar para a NUT II e perceber que consequências teve para Setúbal”, assim como “pensar de que forma é possível reduzir as assimetrias até 2027”.

“Precisamos de lutar nos orçamentos do Estado para dotar de mais verbas a península de Setúbal”, defendeu a presidente do Grupo Parlamentar do PS, sublinhando ser preciso também “aproveitar as verbas do PRR em consonância com os autarcas e outras entidades com implantação no território”.