Rúben Guerreiro assediado para mudar, mas deve manter-se na EF Education Nippo

É dos corredores com mais cartel no pelotão profissional e um dos mais cobiçados. O montijense falou ao Semmais e expressou o desejo de um dia vir a correr a Volta a Portugal.

Rúben Guerreiro, ciclista de 26 anos natural do Montijo e apontado como um dos mais promissores atletas da atualidade está referenciado por diversas equipas internacionais que dominam a modalidade. Apesar dos variados contactos, o atleta deverá, no entanto, manter-se na EF Education Nippo, formação onde se tem distinguido. O objetivo imediato passa pela participação na Volta a França, mas, caso tal não seja possível, então deverá marcar presença na Volta a Espanha.

“Desde o ano passado, devido ao desempenho no Giro (Volta a Itália, onde venceu o Prémio da Montanha) que tenho diversas equipas interessadas no meu concurso. No entanto, o meu objetivo passa por me manter na EF, onde me sinto muito bem. A decisão final só acontecerá, no entanto, em agosto”, disse ao Semmais o corredor que este ano, tendo sido obrigado a desistir, devido a queda, na prova italiana, já colecionara antes um segundo lugar numa etapa da Volta à Catalunha e obtivera um top-10 na Volta aos Alpes.

A equipa por onde corre sabe das suas caraterísticas de combatente, trepador e temerário a descer montanhas e, por isso, apostou desde o início da época para correr o Giro e o Tour (França). “Neste momento, depois da queda em Itália, onde parti duas costelas, não me encontro ainda a 100 por cento. Não estou a treinar no máximo da minha disponibilidade física e, por isso, preferia participar na Vuelta (Volta a Espanha), mas se tiver de ir a França, lá estarei com toda a disponibilidade”, adiantou ao nosso jornal, no momento em que se dirigia para mais um estágio da sua equipa no estrangeiro.

 

Montijense esperançoso no futuro da modalidade no país

O ciclista do Montijo é, atualmente, juntamente com João Almeida, um dos grandes destaques portugueses nos pelotões internacionais. “Sinto que todos me respeitam, tal como respeito toda a agente”, afirma quem entende que a modalidade em Portugal e os praticantes nacionais estão a evoluir de modo muito satisfatório.

“Temos ciclistas muito bons a competir nas principais provas mundiais. Não sou apenas eu e o João Almeida (4º e 6º classificado nas duas últimas edições do Giro), mas também o Rui Costa, que já foi campeão do mundo de estrada, e o Nelson Oliveira, que tem sempre obtido grandes resultados, com destaque nos contra-relógios. O ciclismo português está a atravessar uma das suas melhores fases, com diversos atletas a surgirem com possibilidades de obterem triunfos. Além disso há agora uma nova geração de juniores que parecem muito preparados para, em breve, poderem vir a correr e triunfar no estrangeiro”, refere o corredor.

Sobre a possibilidade de atuar em Portugal, Rúben Guerreiro disse que “seria um sonho fazer a Volta a Portugal, onde nunca participei, ou a Volta ao Algarve”, mas que essas, sobretudo a primeira, não são provas que, no imediato estejam nos planos da sua atual equipa.