O projeto aprovado pela Agência Espacial Norte Americana (NASA) pretende mapear combustíveis florestais e prevenir incêndios florestais.
Liderado por Sérgio Godinho, investigador do Laboratório de Deteção Remota (EarsLab) do Instituto de Ciências da Terra (ICT) da Universidade de Évora (UÉ), o projeto “Assessing the usefulness of ICESat-2 data for wildland fuel mapping” vai explorar as funções do satélite ICESat-2, da NASA, que permite, segundo uma nota da academia enviada ao Semmais Digital, “criar um retrato global tridimensional do nosso planeta”.
No mesmo documento, a UÉ avança que o satélite permite “o mapeamento com extrema precisão do nosso planeta e das características do território”, o que torna possível “acompanhar as mudanças no terreno, incluindo o degelo dos glaciares, a subida do nível dos mares ou alterações na vegetação”.
Utilizando a tecnologia do satélite e dos seus equipamentos, o projeto da Universidade de Évora permite aos investigadores, com base na informação recolhida “reconstruir o perfil vertical da vegetação, que permitirá gerar um conjunto de variáveis, como por exemplo a altura das copas ou altura da base da copa, entre outras e, posteriormente, estimar a quantidade de biomassa acima do solo”.
Sérgio Godinho, líder do projeto “Assessing the usefulness of ICESat-2 data for wildland fuel mapping”, da UÉ, citado no comunicado, destaca a importância deste projeto, que vai ser desenvolvido nos próximos três anos. A “colaboração com alguns dos melhores investigadores e cientistas mundiais da tecnologia LiDAR a partir do espaço, será também uma forma de projetar o nome da UÉ, dando visibilidade à investigação especializada dos incêndios florestais, uma problemática premente da sociedade contemporânea”, afirma.