Original

Não pretendemos ser originais em coisa nenhuma, não só pela dificuldade que tal tarefa iria enfrentar, mas em especial porque essa intenção acabaria por ser falsa porque há sempre quem pense e actue como planeamos.

Vem isto a propósito do título que tinha definido para esta peça pela oportunidade que a “ordem” teria no momento, mas a memória alertou-me que há alguns anos esta palavra e ideia já aqui esteve a encabeçar o artigo.

Assim sendo podemos começar por dizer que não queremos criticar nem elogiar a polémica que recentemente veio para a actualidade com as ordens dos médicos, dos advogados e outras, que se recusam a que o Governo e outros poderes se intrometam na sua orgânica pois cada um, sem corporativismos sabe do que fala e o que defende em prol dos seus.

A escolha de «Original» vem só como explicação do que há anos tomei como opção de o título destes artigos ter apenas uma palavra, o que diga-se em abono da verdade não é nada facilitador mas acaba por ser divertido e desafiador e transmite-me certa satisfação quando teclo no ponto final.

E com isto tudo ainda não disse nada de interessante embora não esteja só porque ouvindo muitas das figuras públicas, aos mais variados níveis, rapidamente nos apercebemos de que conversa grande faz quem quer e que poucos são os que conseguem acertar nas necessidades dos que no dia-a-dia lutam para dar de comer aos que de si dependem.

Seria fácil vir aqui opinar sobre o Orçamento de Estado, destacar o sucesso na vacinação ou até sobre elogiar os campeões do Mundo em Futsal.

Estes e outros temas estão mais do que destacados por toda a gente mas os portugueses necessitam de muito mais e nesta altura só lhes resta esperarem pelas medidas que o Governo conseguirá aprovar e ficar de pé preparado para contestar ou, eventualmente, aplaudir.

FIO DE PRUMO
Jorge Santos
Jornalista