Pavilhão na Escola Secundária de Palmela vai finalmente avançar

Depois de longos anos de atraso (a intenção de construção remonta a 2004), o projeto para edificar o Pavilhão Gimnodesportivo da Escola Secundária de Palmela parece ter agora luz verde.

Em declaração ao Semmais, o presidente do município, Álvaro Amaro, disse que, apesar de esta ser “uma responsabilidade do Ministério da Educação”, a câmara “sentiu o dever de prosseguir e fazer “uma proposta muito concreta de protocolo” que passaria por ter um pavilhão que servisse, igualmente, a comunidade”. “E, por isso mesmo, “estaríamos disponíveis para comparticipar”, afirmou o autarca.

A primeira proposta alocava 70% do investimento à tutela e 30% à autarquia, para um “modelo de pavilhãozinho”, que não servia os objetivos da edilidade. Foi apresentada uma segunda, para uma infraestrutura mais “condigna” e repartição igualitária do investimento, mas o protocolo continuou sem ser assinado. “Desde 2015 que estávamos à espera de uma resposta”, afiançou o presidente da câmara, acrescentando que o documento “passou” por vários ministros e nenhum o subscreveu.

Ainda assim, a autarquia decidiu avançar com o projeto que, orçado em mais de dois milhões de euros, já teve o parecer positivo da Comunidade Educativa e da Comunidade Desportiva, da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e da Direção Geral do Património.

Segundo o presidente da câmara de Palmela, o ministério, ao longo do tempo, tomou várias e contraditórias posições. Chegou a aceitar investir 50% do valor e a ficar responsável pelos custos de funcionamento decorrentes do uso pela comunidade educativa. Mas, agora, predispõe-se, apenas, a comparticipar com 625 mil euros. Uma decisão que Álvaro Amaro apelida de “chantagem”. Porquê? “Porque a comunidade não pode esperar mais”. O que significa que, independentemente do apoio, ou não, da tutela, a empreitada segue em frente. “Se for necessário solicitar financiamento para fazer esta obra, nós, que já tínhamos uma verba financiada de 600 mil euros, assim como fundos próprios, faremos”, concluiu.