Patinador de S. Sebastião é vice-campeão nacional e distrital e integrou a Federação Portuguesa de Patinagem, que representou o país na Taça da Europa 2021.
João Cruz com apenas 12 anos já conta com uma coleção de medalhas. Começou a patinar aos sete anos e, desde então, não parou de somar conquistas. A paixão pela modalidade, contou a mãe a Semmais, despertou quando assistiu, pela primeira vez, “ao treino da irmã”.
“A irmã praticava patinagem, nisto o João pediu para ir ver um treino da Eva e apaixonou-se. Nesse dia disse-me: ‘amanhã quero vir experimentar’. Fomos e ele nunca mais largou a patinagem”, explicou Cláudia Almeida.
Dois anos depois de se ter iniciado, João Cruz ganhou o primeiro título de campeão nacional, no escalão de benjamins, um feito que a mãe arrisca afirmar “ter sido o primeiro de um setubalense na categoria masculina”.
2019 foi um ano em cheio, “sagrou-se vice-campeão a título individual, campeão distrital e ainda subiu ao primeiro lugar do pódio para receber a medalha de campeão nacional e distrital em pares artísticos, com a sua parceira de competição Teresa Raposeiro. Ficou também apurado no “primeiro lugar no ranking nacional para as competições do ano passado”, mas devido às restrições impostas pela Covid-19 as provas não se realizaram.
Mas a grande conquista para a mãe foi a participação, no início deste mês, na Taça da Europa 2021, onde o filho conquistou um honroso quarto lugar. “Foi uma grande vitória para o João e para todos nós, quem se qualificou à frente dele foram Espanha e Itália, países onde estão os melhores patinadores”, disse Cláudia Almeida ao nosso jornal.
Este menino setubalense tem um grande sentido de estética e apreço pela imagem e não entra em competição sem que esteja tudo a seu gosto. Segundo a mãe, “desde o cabelo, aos fatos e adereços, para o João tem que estar tudo perfeito” Para esta competição, foi escolhido um “Traje de Luces”, que representa a personagem escolhida pelo atleta (um matador de toiros) para executar e interpretar a sua prova ao estilo de Paso Doble, com mistura de flamenco.
“Este tema não é para todos. Ele tem uma personalidade artística bastante vincada e por isso este estilo assenta-lhe na perfeição, interpreta-o de uma forma singular, conseguindo chegar ao público com muita arte”, referiu a treinadora Joana Cabo.
Simultaneamente, João Cruz é exemplar na disciplina que a modalidade requer. “Levanta-se às 7h00, tem ensino articulado de dança na Academia de Dança Contemporânea de Setúbal durante a manhã, com o objetivo de auxiliar na postura da patinagem e na coreografia, de tarde vai para a escola e, das 18h30 às 22h00 treina na ArtWheels, Clube de Patinagem do Sul, em Almada”, explica a mãe.