O PSD de Setúbal manifestou-se “perplexo” com o eventual encerramento da urgência obstétrica do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, alegadamente sugerido pela comissão de acompanhamento encarregue de propor soluções para as urgências de obstetrícia e blocos de partos.
“Como é possível que num centro hospitalar que abrange os concelhos do Barreiro, Montijo, Alcochete e Moita, e que serve mais de 200 mil habitantes, o Governo possa sequer ponderar encerrar uma valência tão importante como a urgência de obstetrícia”, questiona, em nota de imprensa, a Comissão Política Distrital do PSD de Setúbal.
O Expresso ‘online’ divulgou na terça-feira que a Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia, Obstetrícia e Bloco de Partos propôs ao Governo o fecho do atendimento SOS em dois hospitais da Grande Lisboa e dois na área geográfica da administração regional de saúde do Centro: as urgências obstétricas de Vila Franca de Xira, Barreiro, Covilhã e Castelo Branco.
“Esta situação é tanto mais estranha quando se sabe que em 2021 esta unidade hospitalar fez um total de 1.400 partos e que, até final de agosto deste ano, já tinham sido efetuados 1.025 partos”, afirma a distrital de Setúbal do PSD, considerando que o eventual encerramento da urgência de obstetrícia do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo revela desconhecimento das necessidades das populações.
Na nota de imprensa, o partido lembra que o distrito de Setúbal tem cerca de 900 mil habitantes e registou o maior crescimento da população de todos os distritos do país nos últimos Censos.
A Comissão Política Distrital do PSD, que considera “imperioso apostar mais na saúde, no reforço do SNS e melhorar os serviços prestados à população e não encerrar serviços e desqualificar os equipamentos de saúde”, adianta que vai pedir uma reunião ao Conselho de Administração deste Centro Hospitalar e à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
O PSD desafia ainda o Presidente da Federação do PS e os deputados socialistas a repudiarem a proposta de encerramento da urgência de obstetrícia do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, “de forma a evitar mais uma medida lesiva dos interesses” dos cidadãos.