Ativistas acorrentam-se na portaria principal do Terminal de Gás Natural em Sines

O protesto, que iniciou a sua marcha desde o centro da cidade de Sines, tendo percorrido cerca de três quilómetros, é seguido por dezenas de militares da GNR.

Um grupo de dez ativistas da Plataforma Parar o Gás acorrentou-se este sábado no portão da entrada principal do Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) da REN, no Porto de Sines (Setúbal), para bloquear o funcionamento desta infraestrutura.

Por volta das 13h28, dez ativistas acorrentaram-se numa das entradas do Terminal de GNL da REN, colocando à volta do pescoço um cadeado de bicicleta.

Outros jovens colocaram “pequenos tubos” nos braços com a frase “Parar o Gás” para bloquear o acesso à porta principal do terminal, sob o olhar atento das forças da autoridade.

O momento foi aplaudido pelos restantes manifestantes da plataforma que, há várias semanas, promete bloquear o terminal numa ação de desobediência e resistência civil.

A poucos metros, numa outra entrada do Terminal de GNL, também ela guardada pelas forças de segurança, um grupo de ativistas, que se concentrou junto à praia de São Torpes e percorreu essa via até à instalação portuária, protesta entoando vários cânticos como “Bloqueia Sines”.

Vestidos com fatos brancos, “uma espécie de uniforme de luta”, explicaram aos jornalistas, os ativistas empunham cartazes a exigir justiça climática e o fim dos combustíveis fósseis, enquanto entoam o cântico “Gás é morte, morte é Gás”.

O protesto, que iniciou a sua marcha desde o centro da cidade de Sines, tendo percorrido cerca de três quilómetros, é seguido por dezenas de militares da GNR e começou com duas horas de atraso porque, segundo a organização, os autocarros onde seguiam foram parados e revistados em operações stop da GNR perto de Sines.

A ação reivindica o fim do gás fóssil para a produção de eletricidade e que esta eletricidade passe a ser produzida por fontes de energia renovável até 2025.

Segundo Matilde Ventura, porta-voz da ação e um dos elementos da Climáximo, com esta iniciativa os ativistas estão “a parar o crime da contínua utilização de gás fóssil no sistema elétrico” que “foi deliberadamente viciado em gás por empresas como a Galp, EDP e REN com o apoio explícito de sucessivos governos”.