O Atlantic Hub, uma iniciativa conjunta da aicep Global Parques e das empresas EllaLink e Start Campus, visa “melhorar a conectividade entre Europa, América do Norte, América do Sul e África”.
A aicep Global Parques e as empresas EllaLink e Start Campus estão a criar o Atlantic Hub em Sines, para tornar esta uma “localização segura, neutra, resiliente e de fácil acesso” para cabos submarinos.
Em comunicado conjunto, a aicep Global Parques, gestora da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), a empresa de cabos submarinos EllaLink e a Start Campus, responsável por um mega centro de dados nesta cidade alentejana, disseram estar a trabalhar em conjunto na criação do Atlantic Hub, “para melhorar a conectividade entre Europa, América do Norte, América do Sul e África”.
“A parceria, que conta com a colaboração do Governo português na coordenação de diversas entidades públicas a nível nacional e local, visa estabelecer Sines como um local seguro, neutro, resiliente e de fácil acesso para a instalação de cabos submarinos”, lê-se na nota.
O acordo estabelecido entre estas três entidades visa “criar em Sines um corredor para acelerar a instalação de cabos submarinos”, indicou à Lusa fonte ligada à parceria, frisando ser “um sinal importante” que “Portugal dá às grandes empresas desta área que se queiram instalar no país”.
“Sines posiciona-se como um grande ‘hub’ na indústria de dados”, vincou a mesma fonte.
De acordo com o comunicado, a parceria inclui “uma solução transparente e abrangente para simplificar o processo de licenciamento e autorização de construção, estabelecendo um ambiente controlado em termos de risco com condições regulatórias únicas para a instalação de cabos submarinos num local estratégico para a conectividade intercontinental”.
Visa igualmente a “criação de uma “zona de proteção de cabos” em frente a Sines para o pré-licenciamento de rotas de cabos submarinos, garantindo uma proteção reforçada e controlada dos cabos”.
E prevê a construção “de várias infraestruturas ‘multi-tenant’ [vários clientes] robustas e diversas para cabos submarinos partilhados, conectando o data center de Sines, a Estação de Amarração de Cabos EllaLink (CLS) e outros pontos de amarração de cabos, além da Sines Tech”, um espaço de acolhimento de empresas de base tecnológica, integrado na ZILS.
“Espera-se que o Atlantic Hub traga benefícios económicos substanciais para a região, impulsionando a criação de empregos, estimulando a atividade económica local e contribuindo para o crescimento da economia digital”, realçaram as três entidades, que também pretendem “incentivar empresas de tecnologia” a fixar-se na zona.
Para Afonso Salema, diretor executivo da Start Campus, citado no comunicado, “o Atlantic Hub permitirá uma enorme redução de risco para novos sistemas submarinos, assim como um salto qualitativo de processos geralmente morosos numa indústria que necessita de prazos sempre mais curtos entre a decisão de investimento e início de operação”.
Diego Matas, diretor operacional da EllaLink, no mesmo comunicado, disse que a criação do ‘hub’ “é um marco crucial para toda a visão” da empresa de cabos submarinos.
“O Atlantic Hub e o sistema de cabos submarinos Olisipo impulsionarão a interconectividade do país, oferecendo aos novos investidores algo completamente inovador para a região e adicionando vantagens críticas a Sines como uma porta prioritária para a Europa”, frisou.
Já Isabel Caldeira Cardoso, diretora executiva da aicep Global Parques, destacou a “importância do Atlantic Hub para a atratividade de Portugal no setor digital”, graças à “simplificação em termos de eficiência e eficácia” de procedimentos.