Jovem avançado setubalense abriu o marcador da partida na primeira vez que tocou na bola.
O Vitória FC recebeu no Estádio do Bonfim, na tarde deste sábado, o Oriental de Lisboa, em partida a contar para a 11ª jornada do Campeonato de Portugal (CP). Os sadinos procuravam regressar aos triunfos, depois da eliminação para a Taça frente ao Penafiel e o empate em Évora, frente ao Juventude SC para o CP.
Para esta partida José Pedro fez regressar ao 11 inicial Dani e Diogo Sequeira, que entraram para os lugares de Heliardo e Marouca, titulares em Penafiel para a Taça. Nesse sentido, os sadinos apresentaram-se com: Tiago Neto (guarda-redes), Lourenço Henriques, António Montez, Tiago Duque, Joel Monteiro, Ézio Pinto, Mauro Antunes, Caleb, Dani, Diogo Sequeira e Zequinha.
Os primeiros minutos de estudo e adaptação entre as equipas, lançou a toada que tomou genericamente a primeira parte da partida, marcada por muita luta, muitas disputas de bola e alguma falta de clarividência no ataque de ambas as equipas. O Vitória procurou ter mais a posse do esférico e ser senhor do jogo, mas nunca conseguiu ser perigoso, esbarrando numa equipa bem organizada do Oriental.
A única oportunidade digna de registo na primeira parte pertenceu a Zequinha. O experiente avançado, já perto do intervalo, apareceu sozinho na área, em resposta a cruzamento de Ézio Pinto, pela esquerda do ataque sadino, atirando por cima da baliza lisboeta, para desespero da massa adepta setubalense que preencheu significativamente as bancadas do Bonfim.
A primeira parte, marcada também por muitas interrupções, permitidas exageradamente pelo árbitro da partida, condenando o jogo a um ritmo morno, preenchido em lutas intensas e infrutíferas para as balizas.
No regresso da partida, o Vitória FC apareceu mais objetivo, mostrando estar mais à vontade, mais intenso e mais dinâmico. Com isso passou a dominar o jogo, ficando o Oriental apenas à procura de saídas rápidas em contra-ataque.
Para dar mais energia ao seu ataque, José Pedro fez entrar Heliardo e Diogo Balau para os lugares de Diogo Sequeira e Ézio Pinto, quando passavam apenas 57 minutos na partida.
Foi mesmo do banco que se desfez o nó que teimava em manter-se no Bonfim, após muita insistência sadina junto da baliza do Oriental.
Pedro Catarino, acabado de entrar para o lugar de Zequinha, naquele que foi o seu primeiro toque na bola, empurrou para as redes lisboetas, respondendo com sucesso a um passe de cabeça de Heliardo, que conseguiu aparecer sozinho na área após cruzamento de Caleb, quando o relógio marcava 77 minutos.
O ponta-de-lança brasileiro que assistiu para o primeiro, iria fechar as contas do marcador já para lá da hora. Quando o Vitória geria o tempo e a bola, na sequência de um canto na esquerda, Joel Monteiro descobre Flavinho nas costas da defesa do Oriental e este cruza na medida certa para Heliardo aparecer ao segundo poste a fazer o último golo da partida.
Com este resultado, o Vitória regressa aos triunfos e à liderança, ainda que à condição, da série D do Campeonato de Portugal com mais dois pontos que o Moncarapachense, que joga este domingo frente ao 4º classificado Sintrense.
José Pedro satisfeito com a exibição e o regresso aos triunfos
Após o jogo, em conversa com a comunicação social, José Pedro era naturalmente um técnico feliz pelo triunfo, apesar das dificuldades vividas, sobretudo na primeira parte. “É uma vitória merecida, apesar dos golos terem aparecido tarde na partida. Tivemos algumas dificuldades, até pela disposição tática do Oriental, colocou ali um losango que nos condicionou o nosso 3-4-3, mas ao intervalo conseguimos retificar. Entramos bem na segunda parte, cientes daquilo que tinha sido falado e também procurar acrescentar alguma coisa do banco com quem vinha do banco”, sublinhou o técnico.
Os dois golos do Vitória foram apontados por dois jogadores que vieram do banco, algo que mostrou a confiança de o treinador tem em todo o seu plantel. “Essa questão das substituições é algo que temos vindo a trabalhar e a falar desde o início da temporada de todos trabalharem e puderem acrescentar mais qualquer coisa ao jogo”, destacou.
Apesar do, à entrada para este jogo, não vencer há duas partidas, isso não afetou nem criou ansiedade na equipa, na opinião de José Pedro. “Naturalmente que isso nos passou pela cabeça e era efetivamente importante regressar aos triunfos hoje, também sabendo do impacto que teria nos nossos objetivos. Mas não acredito que isso tenha afetado a nossa preparação, nem a prestação da equipa hoje. As dificuldades que tivemos em certos momentos do jogo foram muito mais por mérito da organização do Oriental, do que por ansiedade nossa”, apontou.
No próximo fim-de-semana, os sadinos deslocam-se ao Barreiro para defrontar, no Alfredo da Silva, o Fabril, reeditando um confronto regional que já não se assiste há 47 anos, com o Fabril ainda sob denominação de CUF, quando ambos os emblemas militavam na Primeira Divisão.