Sadinos pecaram ligeiramente na finalização, vencendo a partida por apenas 3-2, quando podia ter perfeitamente goleado o conjunto alentejano.
O Vitória FC recebeu no passado domingo o FC Serpa, em encontro da 17ª jornada do Campeonato Portugal.
Ambas as equipas esperavam manter o recente bom momento já que chegavam a esta partida numa sequência de triunfos. Os sadinos tinham vencido as ultimas duas partidas, com destaque para a vitória no fim-de-semana passado em Moncarapacho que ajudou a cimentar a liderança. Já o Serpa tinha vencido nos últimos três jogos, não sofrendo qualquer golo nesses triunfos.
Para esta partida José Pedro, técnico do Vitória FC, fez apenas uma mexida, promovendo ao onze inicial, o reforço de janeiro, Paulo Lima, no lugar de Mauro Antunes. Os sadinos apresentaram-se então com Tiago Neto (guarda-redes), Lourenço Henriques, António Montez, Gonçalo Maria, Tiago Duque, Joel Monteiro, Paulo Lima, Caleb, Daniel Carvalho, Diogo Sequeira e Heliardo.
Já o Serpa, orientado por José Mauro Santos, começou o jogo no Bonfim com: Titinho (guarda-redes), Cândido Santos, Daniel Alemão, Bruno Kajé, Gonçalo Serrão, Rafael Baião, Botché Candé, Artur Simionato, Lucas Santana, Xavi e Vitinho.
O Vitória mostrou desde o início querer dominar a partida, controlando a posse e os ritmos do jogo, trocando a bola com paciência. O conjunto alentejano, por seu lado, procurava ser organizado atrás e espreitar a saídas rápidas, aproveitando as linhas subidas dos setubalenses. Quando tinha bola, o Serpa procurava rapidamente chegar à área do Vitória, opção, que em boa parte da primeira etapa, se mostrou infrutífera, não obstante algumas bolas paradas no meio campo adversário.
Heliardo foi o primeiro a testar a atenção do guardião Afonso Teixeira. Primeiro ao minuto 11, o avançado brasileiro atirou de primeira, com o pé esquerdo, e depois aos 15, de cabeça, podia ter aberto o marcador, mas esbarrou sempre nas luvas do guarda-redes alentejano.
Foi então com alguma justiça que o Vitória FC abriu o marcador ao minuto 17 por Lourenço Henriques. O central apareceu no momento certo, ao primeiro poste, a desviar a bola para as redes do Serpa, após canto batido na esquerda por Daniel Carvalho.
Os sadinos não baixaram o ritmo e repetiam-se as ocasiões para chegarem com perigo à área do emblema visitante. Sem surpresa, ao minuto 25, a vantagem sadina foi aumentada para 2-0, com Daniel Carvalho a converter com sucesso uma excelente jogada individual de Diogo Sequeira, após ter sido lançado nas costas da defesa adversária por Lourenço Henriques, num excelente passe do central.
O Vitória dominava e esteve perto da baliza alentejana, pelo menos por mais três momentos. Aos 34 minutos, Diogo Sequeira chegou um nadinha atrasado ao passe de Heliardo, que em caso de desvio do extremo daria certamente o terceiro da tarde para os sadinos. Depois 36, Daniel Carvalho aproveitou o espaço dado dentro de área e de primeira atirou forte, mas viu Afonso Teixeira negar-lhe o golo. O guardião esteve novamente em evidência, aos 40, ao negar o golo a Heliardo, depois do avançado brasileiro conseguir ficar com a bola, com alguma sorte, na pequena área, na sequência de um canto, acabando por esbarrar na luva direita do guarda-redes do Serpa.
Um pouco contra a corrente do jogo, o emblema alentejano conseguiu esboçar uma reação, chegando ao golo mesmo em cima do intervalo. Lucas Santana encontrou espaço nas costas da defesa setubalense e isolado, lançado em velocidade por Candé, rematou colocado, sem hipóteses para Tiago Neto, reduzindo a desvantagem.
O conjunto alentejano procurou entrar mais dinâmico e pressionante no início da segunda parte, mas foi o Vitória que voltou a encontrar o caminho das redes. Diogo Sequeira, servido por Heliardo, só teve de encostar para a baliza do Serpa, aumentando a vantagem para o 3-1 ao minuto 54.
Num jogo marcado por algum desacerto na finalização por parte do Vitória FC, os sadinos voltaram a desperdiçar uma soberana oportunidade de golo, ao minuto 70, por Flavinho, que tinha entrado aos 58 para o lugar de Daniel Carvalho. O jogador brasileiro isolou-se, após um contra-ataque rápido, e só com o guardião pela frente atirou cruzado, mas acertou no poste.
Aproveitando algum relaxamento dos sadinos, o Serpa voltou a ameaçar junto da baliza do emblema da casa, conseguindo mesmo reduzir a desvantagem já perto do apito final. Na sequência de um livre, Carlos Balsa teve engenho para de bicicleta, aproveitando um corte incompleto na área do Vitória, fazer o 3-2, fixando o resultado final.
