Em Palmela Teresa Morais defendeu AD como “a solução para o país”

Cabeça de lista por Setúbal apelou ao voto na Aliança Democrática (PSD/CDS-PP/PPM), defendendo que o PS tem falhado no distrito, em áreas como “forças de segurança, condições de habitação da população e saúde”.

A Aliança Democrática (PSD/CDS-PP/PPM) assentou ontem arraiais em Palmela e na Biblioteca Municipal daquele concelho apresentou a sua Comissão de Honra no distrito, numa noite em que se destacou, naturalmente, a intervenção de Teresa Morais, cabeça de lista da AD pelo círculo eleitoral de Setúbal.

“A solução para o país é a Aliança Democrática e não há outra” disse a candidata, segundo a nota recebida pela nossa redação, apelando ao voto na AD no próximo dia 10 de março nas eleições legislativas

Teresa Morais fez ainda um diagnóstico da situação do território, fazendo, na sua opinião, um “diagnóstico crítico” das áreas em que o “Estado, e o governo do PS, têm falhado em Setúbal”. “O Estado que tenta controlar as nossas vidas e carrega-nos de burocracia e, que só complica a vida dos empresários, depois, não assegura aquilo que é essencial e que são as condições de trabalho, por exemplo, das Forças de Segurança, as condições de habitação da população e dos hospitais”, sublinhou.

Apesar de ainda se viverem tempos de pré-campanha, a AD parece já andar no terreno, procurando contactar com a realidade do distrito. Teresa Morais, por exemplo recordou as visitas a duas esquadras da PSS e dois postos territoriais da GNR, criticando as condições de trabalho das forças de segurança. A candidata revelou, inclusivamente, que na 8ª esquadra da PSP, no Seixal, “em dias de chuva, chove dentro da esquadra e os balneários e refeitório são miseráveis”.

A cabeça-de-lista da AD apontou ainda baterias ao momento do Serviço Nacional de Saúde, referindo os “problemas vividos em hospitais”, com as longas esperas, e nos centros de saúde, com “utentes sem médico de família”. Teresa Morais, nesse sentido, aproveitou para valorizar o trabalho dos profissionais de saúde do SNS. “Hoje, estivemos no Hospital do Barreiro onde vimos o trabalho muito positivo dos profissionais de saúde e, chegámos à conclusão que a grande ambição do hospital, neste momento, é ter um aparelho de ressonância magnética”, referiu.

Antigos governantes e figuras de relevo apoiam AD no distrito

Apesar do discurso de Teresa Morais ter tomado o protagonismo, a noite em Palmela serviu principalmente para apresentar a Comissão de Honra da AD no distrito, composta por mais de 140 personalidades, das quais antigas governantes e outras figuras de relevo da sociedade portuguesa.

Dessa comissão, tomado a palavra na noite de ontem, estão nomes como Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, Maria Luís Albuquerque, ex-ministra das Finanças, Paula Teixeira da Cruz, advogada e ex-ministra da Justiça, Miguel Frasquilho, economista e ex-secretário de Estado, Nuno Magalhães, ex-líder parlamentar do CDS, Paulo Núncio, vice-presidente do CDS, Rui Lopo, estudante e comentador político e Ana Margarida Oliveira, escritora.

Leonor Beleza, de acordo com a nota, deixou elogios à lista da AD por Setúbal, sublinhando que o país “do governo patriota da AD”, para que “progrida no caminho de desenvolvimento”. Já Paula Teixeira da Cruz destacou que “a AD tem um desígnio, o de fortalecer “o Estado Social de Direito”, Maria Luís Albuquerque, realçou as causas da cabeça de lista pelo distrito nomeadamente, a do combate à violência doméstica, sublinhando ainda a “prioridade que deve ser dada aos jovens”, para “garantir um país com futuro”, à semelhança da intervenção de Rui Lopo. Nuno Magalhães destacou, por sua vez que a “única solução de governo que não está presa a radicalismos extremistas, é a solução que passe pela AD”.

Nas últimas eleições legislativas, o PSD elegeu três deputados no distrito, aumentando a sua votação, mas mantendo o número de mantados conseguidos em 2019, enquanto o CDS voltou a não eleger qualquer deputado, caindo, inclusivamente, na votação, sendo ultrapassado por Chega, Iniciativa Liberal, PAN e Livre.

O círculo eleitoral de Setúbal irá eleger nas próximas eleições 19 deputados dos 120 que vão compor a Assembleia da República. O último grande resultado do centro-direita no distrito, habitualmente dominado por PS e CDU (PCP/PEV) foi em 2015, quando a coligação “Portugal à Frente” (PSD/CDS) elegeu cinco deputados, tornando-se, naquelas legislativas, a segunda força política do distrito, superando, inclusivamente, a CDU.