Quatro militares da GNR de Palmela são suspeitos de agredir três menores na madrugada de 11 de abril e estão indiciados dos crimes de sequestro agravado, ofensa à integridade física e abuso de poder, revelou hoje o Ministério Público.
Segundo um comunicado da Procuradoria da República da Comarca de Setúbal, na sequência de um inquérito sobre a atuação policial naquele incidente, os quatro militares foram ouvidos no passado dia 2 de maio por um juiz de instrução criminal do Tribunal de Setúbal, que confirmou a indiciação dos factos e a qualificação jurídica propostas pelo Ministério Público.
De acordo com o comunicado, os quatro militares são suspeitos da prática de três crimes de sequestro agravado, três crimes de ofensa à integridade física qualificada, três crimes de ameaça agravada e ainda dos crimes de abuso de poder, falsificação de documento e denúncia caluniosa.
Após o interrogatório, o juiz de instrução criminal do Tribunal de Setúbal decidiu aplicar aos quatro profissionais a medida de coação de proibição de contactos entre os arguidos e com as vítimas.
O Ministério Público refere ainda que o juiz de instrução criminal considerou “desproporcional” a proposta de “imediata suspensão de funções” dos quatro militares, mas promete recorrer da decisão.
Segundo a edição ‘online’ do Correio da Manhã, em causa estão agressões a três menores que os militares “apanharam nas ruas da vila, mas que alegadamente não tinham cometido qualquer crime nem eram suspeitos de ilícito”.