A Fiequimetal (CGTP) solicitou, com urgência, uma reunião à ministra do Trabalho, Maria do Rosário Ramalho, para definir medidas que preservem os empregos na Autoeuropa, após a empresa anunciar que vai recorrer ao ‘lay-off’.
“AFiequimetal [Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas] solicitou, na passada sexta-feira, à ministra do Trabalho uma reunião, com urgência, para definir medidas céleres, ágeis e eficazes, de modo a que sejam preservados o emprego e os rendimentos de todos os trabalhadores da Volkswagen Autoeuropa e das empresas fornecedoras da fábrica automóvel”, indicou, em comunicado.
A Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa revelou, esta quinta-feira, que a administração da empresa vai fazer paragens temporárias em junho e julho, devido a uma reestruturação para a descarbonização da fábrica, mas adverte que não aceita penalizações salariais dos trabalhadores.
A federação intersindical sublinhou que a situação na Autoeuropa foi abordada com o anterior governo, em setembro de 2023 e que a paragem que então ocorria “colocou acrescidos problemas sociais e económicos a muitos milhares de trabalhadores da Autoeuropa e de mais de 30 empresas” envolvidas no processo produtivo.
Esta estrutura sindical defendeu que se deve garantir a manutenção do trabalho e dos rendimentos e que todas as situações devem ser sujeitas a “prévias e criteriosas autorizações e rigorosas fiscalizações”.
Segundo um comunicado interno divulgado pela Comissão de Trabalhadores (CT) da fábrica de automóveis da Volkswagen, em Palmela, a empresa, como determina a legislação em vigor, informou que pretende iniciar na próxima semana conversações para a aplicação do `lay-off´ num período de oito dias no mês de junho e de 13 dias no mês de julho.
A CT da Autoeuropa adiantou que, “no contexto em que se aplica este ´lay-off´, não irá aceitar qualquer corte de salário aos trabalhadores”.