Projeto inicial foi lançado no último mandato do PCP em Almada, mas problemas com a empresa responsável pela empreitada pararam as obras. Já com o PS foi reavaliado e acabou por avançar em 2022.
A Escola Básica Maria Rosa Colaço, no Feijó, concelho de Almada, reabriu portas na quinta-feira e voltará a receber a comunidade educativa neste ano letivo, após um longo período de requalificação.
O projeto e lançamento da obra ainda ocorreu no último mandato do PCP na autarquia, terminado em 2017, mas a empreitada só foi concluída recentemente, depois de várias peripécias e alterações. “O anterior executivo entendeu que devia ser feita uma intervenção naquela escola, face ao estado de degradação quer do edifício quer dos materiais ali instalados. Quando chegámos à câmara a obra já tinha sido lançada, contudo a empresa responsável abriu falência e foi obrigada a passar por um processo de recuperação. A empreitada esteve parada e decidimos reavaliar o projeto e fazer algumas alterações. Lançámos novos procedimentos concursais e depois, em 2022, avançou a nova obra”, explica ao nosso jornal Maria Teolinda Silveira, vice presidente da autarquia, com o pelouro da Educação.
Terminada a empreitada, que representou um investimento a rondar os 3,1 milhões de euros, a instituição, pertencente ao Agrupamento de Escolas Francisco Simões, passa a contar com mais cinco salas de aula, três para crianças do pré-escolar e duas para crianças do 1.º Ciclo. De acordo com a autarca, estas infraestruturas passam a “receber mais 75 crianças do pré-escolar (que se juntam às 50 vagas existentes previamente, num total de 125) e mais 50 do 1.º ciclo (que acrescem às 175 vagas, perfazendo um total de 225)”. Além disso, foram ainda feitos trabalhos de melhoramentos em outras salas e equipamentos, como na cozinha, refeitório, sala de atividades polivalente, biblioteca, espaço exterior e ainda uma nova sala de professores e sala para o pessoal auxiliar.
Pais acompanharam processo com apreensão
Face à morosidade na conclusão da intervenção, a autarca entendeu a insatisfação e apreensão do país dos alunos e também dos residentes daquela zona do concelho, demonstrada em vários momentos. “É compreensível a sensibilidade das pessoas sobre esta questão. As pessoas perguntavam-nos invariavelmente quando é que os alunos poderiam voltar à Escola Maria Rosa Colaço. Tivemos várias reuniões com os pais, também com a direção do agrupamento e explicámos que estes processos são sempre complicados e envolvem muita burocracia. E isso também explica porque todo este processo demorou a ser terminado”, sublinha a vereadora.
Concretizada a requalificação, Maria Teolinda Silveira demonstrou satisfação por ver mais um estabelecimento de ensino ao serviço do concelho e da comunidade. “É um alívio porque foi um processo difícil e mereceu muito o meu acompanhamento e do vereador José Pedro Ribeiro, com o pelouro das Infraestruturas e Obras. Agora temos uma escola pronta e tudo irá correr bem para os meninos que a frequentem e também para os pais. A escola reúne todas as condições de conforto e de aprendizagem e isso tranquiliza-nos”, referiu.