Fogo no Seixal teve origem em viatura na A33 e queimou cinco veículos

O fogo que deflagrou hoje ao início da tarde no concelho do Seixal , que se mantém ativo em perímetro florestal, teve origem numa viatura na Autoestrada (A) 33, ardendo cinco veículos.

De acordo com uma nota do comando sub-regional da Península de Setúbal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), deflagrou pelas 12h52 na localidade de Verdizela, no concelho do Seixal, um incêndio originalmente provocado por um fogo em viatura que circulava na A33 e que se propagou para uma zona de mato”.

“Esta ocorrência não provocou, conforme dados provisórios, feridos ou vítimas, registando-se cinco veículos civis ardidos”, avançou a ANEPC.

A nota referiu ainda que, pelas 18h00, estavam “interditas a A33 na saída para a Aroeira e limitada a circulação nas vias circundantes ao local da ocorrência”, recomendando à população “especial atenção às orientações e ordens das autoridades territorialmente competentes, devendo manter-se atenta ao desenvolvimento da situação, e evitar deslocações desnecessárias”.

A concessionária da Autoestradas Baixo Tejo informou, entretanto, que o trânsito foi “reaberto nas saídas da A33 para Belverde”.

“Presentemente não há habitações em risco”, disse à Lusa o comandante sub-regional da Península de Setúbal da ANEPC, Sérgio Moura, pelas 17h45, dando conta de duas frentes ativas, uma das quais em direção à Herdade da Apostiça, área essencialmente florestal já no concelho vizinho de Sesimbra, e das dificuldades sentidas nas operações devido ao vento.

Segundo o comandante, há meios posicionados para defesa de um posto de abastecimento de combustíveis e de um depósito de munições militares da NATO, com a colaboração das Forças Armadas, para adoção de “medidas preventivas”.

As Estradas Nacionais (EN) 377, entre Seixal e o Meco, e 378, que liga o Seixal a Sesimbra, estão condicionadas por apresentarem “reduzida visibilidade” devido ao fumo, mas não estão interditadas à circulação.

As autoridades “desaconselham as deslocações desnecessárias, não só para as pessoas não se colocarem em risco, como para não comprometerem a mobilidade dos meios de socorro”, acrescentou Sérgio Moura.

Em declarações aos jornalistas cerca das 17h30, no local, o subcomandante da Proteção Civil da Península de Setúbal, Miguel Silva, indicou também não haver habitações atingidas ou qualquer dano humano, apesar de numa fase inicial as chamas terem estado próximas a um supermercado, uma bomba de gasolina e um lar localizados na zona da cauda do incêndio.

“Neste momento não oferece qualquer risco […]. Está a arder em perímetro florestal”, afirmou, admitindo, contudo, que o vento está a dificultar o combate e que tem havido “muitas reativações nos flancos”.

Segundo o ‘site’ da ANEPC, às 18:50, estavam mobilizados 382 operacionais, 123 viaturas e cinco meios aéreos.