Finisterra Arrábida Film Art entregou 71 prémios este ano

Foto: Carlos Sargedas (reprodução)

Promovido pela Arrábida Film Comission, a edição deste ano acolheu 105 filmes de 25 países. Iniciativa apoiada pelas câmaras de Palmela e Sesimbra pretende ser um importante vetor de promoção.

O Finisterra Arrábida Film Art & Tourism Festival, que decorreu entre 7 a 10 de outubro, voltou a reunir em Sesimbra o melhor da cinematografia de promoção turística, acolhendo trabalhos e nomes de referência nacional e internacional.

Na sua 12.ª edição, o certame, organizado pela Arrábida Film Comission acolheu 105 filmes de 25 países e atribuiu 71 prémios a 34 obras.“Destaco a forte participação de realizadores e produções portuguesas que este ano atingiram 50% das inscrições. Não só destacamos a quantidade, mas principalmente a qualidade. Os filmes nacionais participam neste e em muitos outros festivais, conseguindo muitas vezes estar ao mesmo nível e ser até superiores a grandes produtoras do mundo cinematográfico. Nesta edição foram 16 os prémios conseguidos pelos filmes portugueses”, refere ao Semmais, Carlos Sargedas, diretor do certame.

Para o responsável, o festival desempenha ainda um importante papel na promoção do território Arrábida, obtendo, por isso, o apoio dos municípios de Palmela e Sesimbra. “Realizamos visitas e tours pelo território, para que quem participa no festival possa conhecer potenciais localizações e desperte o interesse para vir utilizar estes locais como cenários de filmes. Dou como exemplo o Cabo Espichel e a Lagoa de Albufeira. Mas esse trabalho não se esgota no Finisterra. A minha função enquanto presidente da Arrábida Film Comission é também andar em outros festivais, pelos diferentes países, levar a nossa região e cativar quem trabalha neste setor a conhecer o território da Arrábida e filmar aqui”, acrescenta Carlos Sargedas.

Este festival tem a tradição de escolher um país como “convidado especial” e, este ano, a Argélia foi a eleita. Nesse sentido, o certame acolheu o músico Mohamed Rouane que partilhou o palco com o sesimbrense Nuno Reis. O evento promoveu ainda uma exposição de fotografia de Azzedine Rouichi sobre o sul da Argélia, mais concretamente sobre a província de Tamanrasset.

Sem avançar qual será o próximo país convidado, o diretor do certame levantou o véu sobre alguns planos para cimentar o trabalho da Arrábida Film Comission a nível global. Bons sinais, têm chegado por exemplo do Brasil, com o Finisterra a alcançar a sua 3.ª edição em Porto Seguro, no Estado da Bahia. “Estamos a tentar criar uma rede de festivais internacionais ligados ao Finisterra. Estamos, por exemplo, a trabalhar para termos um Finisterra no Havaí. Há três anos que a princesa do Havaí faz parte do nosso júri do Finisterra Brasil e estamos em conversações para ver se conseguimos concretizar este nosso desejo”, revelou Carlos Sargedas.