PSD preocupado com “grave aumento da criminalidade” no distrito

Em comunicado, os deputados Bruno Vitorino, Teresa Morais, Sónia dos Reis e Paulo Cunha exigiram “uma resposta urgente e eficaz” das autoridades, acusando ainda as autarquias de “apatia generalizada”.

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Setúbal manifestaram a sua preocupação face aquilo que consideram ser o “brutal aumento da criminalidade grave e violenta verificado nos últimos anos” no distrito, em especial quando comparados números de 2023 e 2022 que revelam “um crescimento de 26,6 por cento” desses fenómenos, quando a nível nacional esses números “não passam dos 6 por cento”.

“Esta situação alarmante exige uma resposta urgente e eficaz das autoridades nacionais e, também, das autarquias locais”, reiteram os deputados Bruno Vitorino, Teresa Morais, Sónia dos Reis e Paulo Cunha em comunicado enviado à nossa redação.

Um dos quatro signatários do documento, o deputado Bruno Vitorino, defendeu ainda a “instalação de câmaras de vigilância nos espaços públicos mais críticos, como zonas envolventes a Escolas, e outros onde se verifiquem mais ocorrências”, já que, segundo o mesmo, é um recurso que “tem-se demonstrado como um eficaz fator de dissuasão da criminalidade, além de ser uma ferramenta valiosa para a ação rápida das forças de segurança, ou para a investigação posterior”.

No mesmo texto, os parlamentares revelam que “questionaram as 13 Câmaras Municipais do Distrito, sobre o funcionamento dos Conselhos Municipais de Segurança”, apontando que estes “pouco reúnem”. “Consideramos que a participação ativa e regular destes conselhos é crucial para o desenvolvimento de estratégias que visem a prevenção da criminalidade e a proteção dos cidadãos, algo que, afirmam, não é feito por muitas autarquias, que descuram totalmente este órgão”, afirmam.

Os deputados acusam ainda as autarquias do distrito de uma “estranha apatia generalizada” no que toca a este tipo de fenómenos de criminalidade. “Parece que ainda estão presos a amarras ideológicas do passado, não percebem a gravidade do fenómeno e não são proativos no exercício das suas competências”, apontam os mesmos.