Objetivo foi dar a conhecer os projetos apoiados a nível nacional, ao abrigo do PRR – Pescas, que apoiou 65 candidaturas, no âmbito da componente dedicada à economia do mar, num total de 21 milhões de euros de financiamento.
O Porto de Abrigo de Sesimbra acolheu quarta-feira a apresentação dos resultados do Plano de Recuperação e Resiliência – Medida Pescas, que se realizou no Pavilhão do Cerco.
A iniciativa contou com a presença do ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, da secretária de Estado das Pescas, Cláudia Monteiro de Aguiar, do presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Francisco Jesus, do presidente do Conselho de Administração da Docapesca, Sérgio Faias, e do presidente da Estrutura Recuperar Portugal, Fernando Alfaiate, entre outos representantes de diversas entidades e empresários.
O objetivo foi dar a conhecer os projetos apoiados a nível nacional, ao abrigo do PRR – Pescas, que apoiou 65 candidaturas, no âmbito da componente dedicada à economia do mar, num total de 21 milhões de euros de financiamento. Refira-se que no conjunto das candidaturas aprovadas, 11 foram apresentadas por empresas sesimbrenses, num total de 8,2 milhões de euros, dos quais, 4,3 comparticipados pelo PRR.
“Para nós, a apresentação destes resultados é muito importante porque Sesimbra tem na pesca a sua própria identidade, cultura e tradição, e também porque este é um setor importante para o desenvolvimento do concelho”, sublinhou o presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Francisco Jesus. O autarca afirmou que “Sesimbra é o principal porto de pesca do país», e que o setor «quer e pode crescer”. A este propósito, Francisco Jesus frisou que é fundamental reforçar os apoios na criação de melhores das condições de trabalho, bem como os incentivos aos armadores e organizações de produtores, fundamentais para o crescimento e sustentabilidade do setor.
Deu ainda nota de algumas preocupações da autarquia e da comunidade piscatória, que se prendem, por exemplo, com o valor da primeira venda e da receita do setor primário, a pouca atratividade para os jovens face ao esforço que esta atividade representa e à imprevisibilidade da sua própria remuneração, assim como a necessidade de reorganizar o porto de abrigo, e o retomar do processo relativo à construção da variante ao Porto de Abrigo.
Consciente da importância do setor da pesca na economia local e nacional, e particularmente, do contributo de Sesimbra nesta área, o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes afirmou que vai contactar outros membros do Governo para discutir a questão da variante e outras preocupações manifestadas pelo presidente da Câmara Municipal. “Faz sentido que um porto que representa cerca de 25 por cento do peixe descarregado a nível nacional mereça ter as condições necessárias, bem como acessos para se rentabilizar”, referiu o titular da pasta das pescas do Governo.
O ministro disse ainda que é necessário apoiar a economia azul, apostar no investimento e na formação, simplificar e desburocratizar processos, porque a economia do mar é muito importante para o país.
Por sua vez a secretária de Estado das Pescas salientou que “o Porto de Sesimbra é um local particular onde se conjugam vários fatores e várias caraterísticas que evidenciam e espelham bem a realidade do setor das pescas”, tendo acrescentado que “Sesimbra é uma vila piscatória que tem sabido preservar as suas tradições, que ao longo dos anos fez da pesca um pilar fundamental para o desenvolvimento da economia”.
Em representação da Estrutura Recuperar Portugal, Fernando Alfaiate sublinhou que a economia do mar “é um tema importante para o país”, e que, por este motivo, “o PRR dedicou uma componente exclusiva à economia do mar para a tornar mais coesa, mais competitiva, mais inclusiva e mais sustentável”.
O programa incluiu testemunhos de empresários com projetos apoiados pelo PRR e a visita à embarcação Mestre Manso, que faz parte da frota do cerco de Sesimbra, modernizada ao abrigo deste programa.