NÃO nos baseamos em nenhuma estatística mas não erramos se dissermos que a palavra milhões é das que mais ouvimos e lemos no nosso dia-a-dia, quer estejamos a falar de futebol, economia e por aí a fora.
No último acto eleitoral foram milhões os que optaram por não manifestar o seu apoio a qualquer força política, mas isso já passou, se bem que já tenham sido dados os primeiros passos para o sufrágio de 6 de Outubro onde iremos eleger os deputados que nos representarão na próxima legislatura.
Quando se aborda o tema futebol, com destaque para este período em que as competições estão mais viradas para as selecções, muitos são os milhões de euros que “passam à nossa frente” para assinalar que este jogador deixa o clube para ir representar aquele, ou para nos dizerem que afinal não se contrata tal treinador porque não estão criadas as condições financeiras porque não se pode pedir mais aos sócios que são quem suporta tudo.
Ainda ao abrigo dos milhões é curioso observar que são incontáveis os comentários críticos sobre quanto ganha este ministro e aquele deputado ou outra qualquer personalidade que tem por missão dar cada vez melhores condições de vida e bem-estar aos cidadãos e nada se argumente em relação ao “salário” de quem leva o nome daquela colectividade aos grandes títulos, sejam estes na Comunicação Social ou nas competições em disputa.
É verdade que os milhões têm muitos zeros mas não nos podemos esquecer de que a esmagadora maioria dos cidadãos – que são milhões – não vão além de ter a possibilidade de contar até às centenas e que diariamente se ficam por escassas dezenas para sustentarem a família, mas muitos deles lá se vão privando de um café para que quando querem ver o seu clube jogar tenham uns euros para a quota mensal.
JORGE SANTOS
JORNALISTA