Pensar

“NO PRINCÍPIO era o verbo”…

Com todo o respeito por esta frase que, ao que se diz é da igreja, embora eu me confesse, não a entendo nem sei de religiões. Mas se não conheço o sentido da frase é certo e sabido que também não sei muito bem o que é pensar, e recorrendo ao “ensina burros”, termo que enquanto estudante chamávamos ao dicionário, este esclarece-nos que, entre um montão de outras leituras e abreviando “é submeter algo ao processo de raciocínio lógico; ter actividade psíquica consciente e organizada; exercer a capacidade de julgamento, dedução ou concepção; reflectir sobre, ponderar”.

E, só por aqui se compreende a trabalheira que nos deixa arrasados sempre que metemos mãos à obra para tentar chegar a qualquer resultado quando procuramos pôr a mente a trabalhar, que é como quem diz, a pensar.

Mas – ia escrever “pensando bem”-, mas o certo é que não o sabemos fazer nem bem nem mal, pois sempre que tento colocar este órgãozinho que tenho sobre os ombros em actividade, fico logo pasmado como se tivesse acabado de descarregar uma camioneta de pedra (esta imagem está bem engendrada pois nunca pensei como é que certas pessoas conseguem tal esforço).

Contudo, agora pensando bem, porque o leitor – que me merece todo o respeito, tem mais do que fazer do que me aturar – quero apenas dizer que admiro muito quem tem sabedoria para, no dia-a-dia, nos dar a felicidade de viver com tranquilidade e algum conforto – o que, infelizmente, poucos conseguem – pois tenho sérias dúvidas de que quem nos governa pense nas consequências das suas decisões.

E, que fique claro, não pretendemos atacar quem nos governa, pois apenas gostaríamos que conseguissem pensar para cumprir o que juraram no acto da tomada de posse.

FIO DE PRUMO
Jorge Santos
Jornalista