Alentejo resiste à pandemia: 139 doentes e zero mortes

Os números da Covid-19 parecem estar a estabilizar, apesar de não estarem todos contabilizados. Em Portalegre foi detido um doente que se passeava na rua mesmo sabendo estar infetado.

O número de casos confirmados de Covid-19 no Alentejo continua a aumentar de modo moderado. Nas últimas 24 horas a Direção Geral de Saúde (DGS) identificou mais nove doentes, sendo o total oficial de 139. À semelhança do que acontece no resto do país, a pandemia parece estar a ficar controlada mas, ainda assim, sem permitir afrouxar as medidas preventivas e de repressão adotadas elas autoridades nacionais de saúde e de segurança.

Os apelos da PSP e da GNR para que as pessoas não saiam de casa são constantes mas, pelos vistos, ainda não chegam a todos, com cerca de 50 pessoas já detidas em todo o país por terem desrespeitado as ordens. Foi o que aconteceu em Portalegre, na sexta-feira, com um homem infetado e já antes testado pelas equipas médicas, a ignorar a ordem para permanecer na habitação. Acabou por ser detido e arrisca agora uma pena de prisão.

No relatório de situação de hoje, a DGS não inclui qualquer morte no Alentejo devido ao Covid-19. Do mesmo modo não reporta a totalidade dos casos positivos já identificados na cidade de Moura que, em apenas um dia, passou a ser o local da região com mais doentes. Os números da DGS falam em 22 infetados naquela localidade mas, de acordo com as autoridades locais de saúde e o município, os doentes são já 33 (tal como o Semmais noticiou ontem). Trata-se de 32 pessoas de uma comunidade cigana residente no sítio do Espadanal e de uma outra que, embora moradora noutra zona, costuma acompanhar com os agora infetados.

Évora, que durante muitos dias foi a localidade alentejana com maior número de casos positivos confirmados, mantém novamente os 21 casos. Há ainda, segundo a DGS, 17 casos em Serpa, oito em Reguengos de Monsaraz, seis em Beja e quatro em Elvas. Portalegre, que já chegou a constar nos relatórios de situação (por ter três ou mais casos confirmados) continua agora ausente. O Semmais sabe, por outro lado, que existem dois doentes em Odemira e um Ferreira do Alentejo.

Nos concelhos do Litoral Alentejano integrados no distrito de Setúbal continuam a não ser convergentes os números divulgados em três deles. Enquanto a DGS diz que Grândola existem quatro doentes, quatro em Sines e 11 em Santiago do Cacém, as autoridades locais afirmam que os casos detetados são, respetivamente 11, dois e 9 doentes (a câmara diz que há nove pessoas infetadas e uma recuperada). Em Alcácer do sal, por sua vez, há cinco casos positivos.

No país, onde agora já morreram 504 pessoas, há agora um total de 16.585 infetados. Destes 1167 estão internados, sendo que 228 se encontram em unidades de cuidados intensivos devido ao seu estado de saúde ser considerado mais grave.

Por regiões, continua a ser o Norte aquela onde existem mais casos positivos confirmados e maior número de mortos. As estatísticas dizem que há ali 9747 doentes e 280 falecimentos. No Centro contam-se 226 infetados e 120 falecimentos e em Lisboa e Vale do Tejo os pacientes são 3841 e as vítimas mortais 91. Já no Algarve contam-se 279 doentes e nove defuntos. Nos Açores o número de vítimas subiu para quatro e os pacientes são agora 94. Por fim, na Madeira, tal como no Alentejo, não há falecimentos a lamentar.