Vão ser libertados 19 presos no distrito. A progressão da pandemia parece estar a ser travada, sendo residual o aumento de casos positivos.
O número de pessoas infetadas com Covid-19 no distrito de Setúbal subiu para 558. Um aumento ligeiro face à véspera (mais seis) e que pode significar a esperada contenção da pandemia. Estes dados da Direção Geral de Saúde (DGS) surgem um dia após a Direção Geral dos Serviços Prisionais ter começado a libertar, a nível nacional, os presos que cumprem penas inferiores a dois anos ou que, não pertencendo aos grupos de maior gravidade criminal, estão a dois anos do final da pena. Em Setúbal já saíram três.
No relatório de situação diário da DGS (o 41º documento emitido) continuam a ser os concelhos de Almada (144 casos) e Seixal (129), aqueles onde a situação é mais problemática. Refira-se, no entanto, que nestes municípios, assim como em todos os restantes do distrito, as câmaras municipais tem tomado um conjunto de medidas que parecem assegurar o controlo da situação, existindo locais para acolher doentes e sem-abrigo, zonas onde são fornecidas refeições, linhas de apoio psicológico e um conjunto de medidas sociais tendentes a minorar os efeitos da crise económica resultante da perda de rendimentos.
O Barreiro é o terceiro concelho mais atingido pela pandemia, com 74 casos, havendo registo de 53 em Setúbal, 51 na Moita e 40 no Montijo. Sesimbra, Palmela e Alcochete com, respetivamente, 17, 14 e nove casos confirmados, são outros dos concelhos onde a doença está confirmada.
Nos quatro concelhos do Litoral Alentejano que integram o distrito de Setúbal há dados da DGS que referem a existência de quatro casos em Grândola, quatro em Sines, 11 em Santiago do Cacém e cinco em Alcácer do Sal. Estes valores não são, contudo, condizentes com os de alguns municípios. Em Grândola a autarquia diz ter 11 doentes, em Sines, por sua vez, só são referidos dois e, em Santiago do Cacém, os serviços municipais contam nove casos ativos e um recuperado.
Nas últimas 24 horas o número de mortos em Portugal devido à pandemia subiu para 504 (mais 34 que na véspera), enquanto que o número de infetados é agora de 16.585. As estatísticas da DGS dizem que este aumento, de cerca de três por cento, é agora bem menor do que os que se verificavam, por exemplo, há uma semana.
O número de internados é agora de 1167, dos quais 228 estão em unidades de cuidados intensivos. As autoridades nacionais de Saúde dizem ainda que, apesar de estar atrasada a entrega (por parte da China) de mais de cinco centenas de ventiladores, tem sido otimizada a entrega de material médico de proteção em todo o país, sendo de destacar a existência de dezenas de unidades industriais que inverteram o seu ramo de atividade, passando a confecionar equipamentos tão diversos quanto máscaras, viseiras, gel desinfetante ou fatos de proteção.
A região Norte continua a ser a mais fustigada, com 9747 doentes confirmados e 280 mortos. No Centro contam-se 2426 infetados e 120 vítimas mortais. Lisboa e Vale do Tejo conta com 3841 pacientes e 91 óbitos. No Algarve contaram-se, no último dia, 279 doentes e nove falecimentos, enquanto que nos Açores os casos positivos confirmados são 94 e as vítimas quatro. Alentejo e Madeira com, respetivamente, 139 e 59 doentes confirmados, ainda não registam mortes.