A Igualdade no confinamento

Um semestre foi cumprido em 2020 e quase todo o período dedicado, no Mundo em geral, ao combate à pandemia e uma boa parte dos meses em confinamento total ou parcial. Como seres humanos estamos cansados da falta de liberdade e do desassossego geral. Prioritariamente as pessoas, em especial em Portugal viraram-se para dentro, para cada ser individual e junto dos seus familiares, não se preocupando num primeiro instante com as questões materiais e económicas. Ressaltou naquela fase as necessidades básicas de qualquer ser humano.

Com o decorrer da “pandemia” da informação proveniente das redes sociais, da comunicação social e muito mais que o nosso mundo permite hoje em dia, as necessidades básicas dos portugueses foram sendo alteradas.

Os nossos agentes políticos também passaram por essa fase de medo e abdicaram das suas análises divergentes, mas aos poucos foram e bem “desconfinando”, nas análises da situação.

O primeiro magistrado não “desconfinou” na sua forma de atuar porque sabe que é uma muleta e um abono de sobrevivência para o Governo e também dali tem um seguro de vida para o futuro. Infelizmente, por muito que aquelas personagens digam que é preciso mudar e agir, não são exemplos a seguir porque os números de circo prosseguem. Não deixaram de dar mergulhos na praia, umas vezes usando máscara e anunciam medidas e noutros mascarados são cúmplices no anúncio de uma candidatura presidencial. Para culminar no teatro montado em Belém como se estivessem a anunciar a chegado do Divino, para comentar a realização “final 8” da Liga dos Campeões em Lisboa.

Somos amantes do futebol, mas utilizar um espetáculo daqueles para vangloriar uma decisão desta natureza que foi assumida por uma estrutura como a UEFA que evita as pressões políticas, no nosso ponto de vista é um fator apelativo à falta de responsabilidades para com muitos cidadãos menos rigorosos nos cuidados da saúde pública.

Na região de Setúbal em que impera a má governação das forças autárquicas de esquerda é desolador o silêncio dos responsáveis políticos da força da alternativa, o PSD. É um pesadelo! Não nos surpreende, porque há anos o partido tem estado confinado aos interesses e às amizades sem fazer política onde tem que ser feita. O vírus há muito anos que atacou os até agora responsáveis distritais do partido e só uma abertura de diálogo, agregando novas formas de ação política é possível acreditar em 2021, com uma vacina que retire o PSD no distrito de Setúbal do sectarismo que vive. Não temos dúvidas que o conservadorismo reinante a prosseguir, trará os maus resultados de sempre, no entanto há uma esperança jovem que se assume com responsabilidade e assente numa política de gestão olhando para os cidadãos que ainda acreditam no PSD como força autárquica, que é a nível nacional e possibilitará Voltar a Acreditar.

ESPAÇO LIVRE E ABERTO
Zeferino Boal
Colaborador