Associação de Setúbal diz que decisão do TAD é “duro revés” para o Vitória

A Associação de Futebol de Setúbal (AFS) considera que o Vitória de Setúbal sofreu um “duro revés”, após o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) ter rejeitado a providência cautelar apresentada pelo clube, impedindo-o de participar na I Liga.

“A direção da Associação de Futebol de Setúbal, ao tomar conhecimento, neste dia 27 de agosto, da mais recente decisão do TAD, a qual implica, para já, a ausência da participação competitiva do Vitória FC SAD do Campeonato da Liga NOS 2020/21, vinca que o clube, perante a referida decisão, sofreu, hoje, um duro revés”, pode ler-se no comunicado divulgado.

No mesmo documento, a AFS salienta a força e importância do clube na região em que está inserido.

“O historial do emblema, que acresce ser um dos fundadores da AF Setúbal, é, reconhecidamente, sinónimo de força maior para que impere a confiança no renovar de triunfos em nome do futebol da cidade e da região que representa, como, por exemplo, aquele que celebrou no relvado, do Estádio do Bonfim, no dia 26 de julho de 2020”, dia em que o clube venceu (2-0) o Belenenses SAD na derradeira jornada do campeonato.

A Associação de Futebol de Setúbal reitera ainda o conteúdo do comunicado que já tinha emitido em 3 de agosto, depois de a Comissão de Auditoria da Liga ter anunciado que o Vitória de Setúbal estava impedido de inscrever-se nas provas profissionais.

“A direção da AFS, que esteve, está e estará, sempre, ao lado dos seus emblemas filiados, manifesta solidariedade institucional para com o Vitória Futebol Clube, na certeza de que se manterá, institucionalmente, atenta e colaborativa”, escreveram na ocasião.

O Vitória de Setúbal, que terminou a edição de 2019/20 da I Liga no 16.º lugar, acima da zona de despromoção, foi impedido de se inscrever nas competições profissionais, depois de a Comissão de Auditoria da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) ter reprovado os processos de licenciamento, tendo recorrido da decisão para o Conselho de Justiça da Federação, que se declarou incompetente para apreciar o recurso e remeteu o processo para o TAD, que anunciou ontem ter rejeitado esse recurso.

Numa decisão a que a Lusa teve acesso, o TAD deliberou “julgar o presente pedido cautelar improcedente por não provado”.

Em causa estavam pressupostos financeiros incumpridos: o clube não conseguiu apresentar prova de “inexistência de dívidas a sociedades desportivas”, a “inexistência de dívidas a jogadores, treinadores e funcionários”, assim como “a regularidade da situação contributiva perante a Autoridade Tributária”, segundo a LPFP.

Com esta decisão, o Portimonense, que tinha descido na temporada passada e que cumpria com os pressupostos financeiros exigidos, foi convidado a participar na próxima edição da I Liga, cujo sorteio está agendado para hoje.