A zona das portagens da Ponte 25 de abril, conhecida como ‘garrafão’, encheu-se de automóveis na tarde de hoje devido ao regresso à margem norte do Tejo, que foi ‘interrompido’ por uma operação da PSP.
Pelas 17h00, era visível uma extensa fila de trânsito na A2, no sentido Almada-Lisboa, que levou à acumulação de veículos na zona das portagens, devido a uma operação de fim de quinzena da PSP, associada ao regresso das praias da Margem Sul e ao retorno de férias no Alentejo ou Algarve.
“Hoje é o fim de um ciclo, no caso, da segunda quinzena de agosto. As pessoas regressam do sul do país, quer do Algarve quer da Costa Vicentina, e verificamos um grande aumento do fluxo de viaturas”, disse à Lusa o comissário da PSP Dinarte Diniz.
O responsável da PSP observou que “se concentram muitos condutores” na zona das portagens da Ponte 25 de abril, sendo visíveis viaturas com famílias e itens de veraneio, como pranchas de surf ou canoas, que atravessavam a ponte seguindo o lento fluxo do tráfego.
“O que nós procuramos é que as pessoas procurem reduzir certos comportamentos de risco que possam propiciar a ocorrência de acidentes, e a sinistralidade rodoviária em geral”, disse o comissário.
O agente da PSP acrescentou que, na operação, é verificada “quer a habilitação legal para conduzir, quer o consumo excessivo de álcool”, assim como “a utilização ou não do cinto de segurança” ou “o uso do telemóvel”.
Dinarte Diniz disse que a operação se incluía no “Verão Seguro” da PSP, e que o principal objetivo, além da “parte repressiva e de fiscalização”, foi o de “alertar as pessoas para o cumprimento das normas inerentes da Direção-Geral da Saúde”, no âmbito da pandemia de Covid-19, especialmente nos veículos de serviço de transporte de passageiros.
Ao longo da operação foram visíveis algumas ordens de paragem e contra-ordenação a motociclos, tendo o comissário da PSP também sinalizado à Lusa várias operações ligadas às novas matrículas.
Com o novo modelo, “muitas pessoas optam por adquirir matrículas que não estão em conformidade, e é uma alteração de características não regulamentada que nós verificamos aqui”, explanou.
O regresso dos veraneantes à margem norte do Tejo fazia-se no sentido contrário ao do vento, que, sem sucesso, ’empurrava’ as pessoas de volta ao sul e ao fim de semana, após uma ida à praia ou a passagem de alguns dias fora de Lisboa.
“Viemos passear à praia e apanhar um bocadinho de sol, e tomar um banhinho”, disse o condutor Paulo Veríssimo à Lusa, acompanhado pela sua família, referindo que, no seu caso pessoal, ainda está de férias.
Sobre a operação da PSP, disse que a achava “bem”, pela necessidade de “confirmar se toda a gente anda legal ou não”, não deixando de reconhecer que, “se fosse noutro tipo de dia, se calhar era melhor”..
“No meu caso, pediram-me a documentação e tinha tudo em dia, por isso está tudo ótimo”, concluiu, antes de reiniciar a sua viagem rumo a norte.
Também José Francisco regressava da Costa de Caparica, depois de uma viagem diária, e considerou “correta” a existência da operação ‘stop’ da PSP.
Já Carlos Elvas, num motociclo, regressava de um fim de semana a sul, e alinhou pela mesma ideia. “Acho bem, como é fim de férias, é agosto… acho bem”, concluiu.