Movimento de cidadãos denuncia destruição de anta em Mora

O Movimento Chão Nosso denunciou a destruição de uma anta situada em Cabeção, no concelho de Mora, alegadamente devido à plantação de um olival.

Em comunicado, este movimento indicou que a anta foi destruída durante “movimentações de solos, provavelmente, para plantação de mais olival em regime intensivo ou super intensivo”.

“O monumento megalítico funerário agora destruído consta do Inventário Arquitetónico e Arqueológico do Plano Diretor Municipal de Mora e faz parte de um conjunto de monumentos e estruturas identificadas como do período do Neo-Calcolítico”, realçou.

Segundo o Movimento Chão Nosso, “o crescimento desregulado das culturas intensivas continua a ser feito à custa do património arqueológico e em total desrespeito pelo património cultural e identitário desta região”.

“Abatem-se espécies de grande valor cultural como as azinheiras, sobreiros e oliveiras centenárias e arrasam-se sítios e monumentos arqueológicos”, criticou o movimento, exigindo que sejam “reforçados os meios de fiscalização para evitar que venham a verificar-se mais situações desta e de outra natureza”.

O Chão Nosso defendeu também “uma outra política de desenvolvimento para o Alentejo”, a qual “respeite o património cultural e natural e promova a diversificação de culturas num sistema de captação e de fixação de recursos económicos para a região”.