A Comissão Municipal de Economia e Turismo de Évora alertou para as “consequências dramáticas” da pandemia na economia do concelho e apontou a necessidade de “medidas urgentes que atenuem os efeitos negativos”.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a câmara de Évora indicou que esta comissão municipal, que esteve reunida por videoconferência, identificou “consequências dramáticas” que a pandemia Covid-19 está a provocar na economia do concelho.
Segundo o município, o presidente da autarquia, Carlos Pinto de Sá, apresentou na reunião plenária dados oficiais que apontam para “quebras superiores a 95%” na atividade do setor do turismo.
“Numa cidade em que o turismo se consolidou como uma das principais fontes de dinamização da atividade económica, este impacto negativo teve consequências sociais alarmantes, com o aumento do desemprego e o consequente efeito dramático num elevado número de famílias”, salientou o autarca, citado no comunicado.
O autarca referiu que, “apesar do recurso ao lay-off, que salvou do encerramento muitas das pequenas e microempresas, têm-se verificado dificuldades acentuadas em grandes unidades” industriais do concelho, nomeadamente do setor da aeronáutica.
Na nota, é indicado que Pinto de Sá lembrou a esta comissão municipal que já entregou ao Conselho Regional da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo a proposta para a elaboração de um plano de emergência social e económico.
Este plano, realçou a câmara municipal, visa identificar “as dificuldades mais prementes sentidas especificamente” pelo Alentejo para que o Governo “pudesse tê-lo em conta nas medidas de apoio a adotar para a região nos próximos meses”.
De acordo com o município, os representantes dos vários setores da atividade económica do concelho manifestaram as suas preocupações sobre “o decréscimo muito acentuado do comércio e das atividades associadas ao turismo”.
“Com a aproximação da época natalícia, os comerciantes manifestaram a sua apreensão com o agravamento da situação e solicitaram o apoio da câmara municipal com medidas que atraiam a população às zonas comerciais da cidade”, adiantou a autarquia.
Os comerciantes, assinalou, também pediram à câmara municipal para que fizesse chegar ao Governo “a necessidade de medidas que atenuem os encargos a que estão obrigados, designadamente ao nível de IRC, IVA, ou no prolongamento dos prazos das moratórias para satisfação de compromissos”.
A edilidade disse ter sido dada a garantia da continuação da isenção de taxas municipais de ocupação de espaço público pelas esplanadas, pelo menos, até ao final do ano e preparação de iniciativas de animação para o centro histórico, além da iluminação festiva de Natal.