DGPC abre processo para classificação da Igreja de São Brás em Alcochete

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) abriu um procedimento de classificação da Igreja de São Brás, localizada na freguesia do Samouco, em Alcochete, segundo um anúncio publicado hoje em Diário da República.

De acordo com o documento, a abertura deste processo inclui “o adro fronteiro e o património móvel integrado no Largo de São Brás”, no Samouco.

“A igreja em vias de classificação e os imóveis localizados na zona geral de proteção (50 metros contados a partir dos seus limites externos) ficam abrangidos pelas disposições legais em vigor”, refere o documento.

Segundo a página da Junta de Freguesia do Samouco, “não é possível afirmar a data de construção” da igreja em causa, mas “existem notícias de visitações da Ordem de Santiago que remontam ao século XVI”.

O edifício já foi restaurado por diversas vezes, mas o interior continua a ter ao centro uma cartela com a figura de São Brás e paredes revestidas com azulejos azuis e brancos.

Num relatório realizado em janeiro e divulgado no seu site, a DGPC adiantou que o requerimento para a classificação da Igreja de São Brás foi subscrito pela Câmara Municipal de Alcochete, em 2015.

Neste documento, a direção-geral concluiu que “o imóvel assume valor patrimonial de interesse nacional”, devido ao seu valor histórico “consubstanciado na antiguidade da sua fundação quinhentista” e à sua “expressiva presença urbanística no pequeno centro histórico do Samouco”.

Além disso, considerou que tem interesse artístico e arquitetónico, sobretudo pelo painel de azulejos “ainda enquadráveis na Grande Produção Joanina da primeira metade do século XVIII, com filiação nas grandes oficinas de Lisboa”.