Assustados

Começo por vos confessar que não é fácil, nesta altura – embora noutras a coisa também não seja a simples acção de juntar palavras que reflictam uma ideia – selecionar um tema que tenha por objectivo transmitir uma ideia que desperte o interesse e curiosidade dos nossos leitores.

Posto isto fica claro que temos a preocupação de abordar um tema que no geral tenha conteúdo e não sirva apenas para trazermos a público os nossos interesses pessoais ou mesmo político-partidários.

Para uma certa camada da população as eleições na América despertam emoção quer sejam simpatizantes dos republicanos ou dos democratas, mas temos por princípio não nos imiscuirmos nos assuntos dos outros países por muito mediáticos que sejam, como é o actual sufrágio para eleger o novo presidente daquela potência comercial e militar.

As competições desportivas sempre despertaram o interesse das populações e nesta altura em que os adeptos estão impedidos de apoiar nas bancadas os seus ídolos dão matéria para páginas nos jornais e horas de antena nas televisões e rádios mas não causam grande desgaste na nossa tranquilidade nem da maioria da população.

É certo e sabido que quase toda a gente vai tendo acesso a notícias quer opte pela rádio, jornais, televisão ou na conversa com o vizinho e o tema, por muito que se tente fugir, desagua sempre na pandemia que nos assaltou há mais de seis meses e que progressivamente tem invadido a tranquilidade que nos caracteriza.

E é nestas constantes notícias que reside o busílis pois mais do que nos informar tem vindo a implantar um estado de espírito que já ultrapassou o medo do que poderá surgir no dia seguinte e, no nosso entender, está a assustar mais do que a consciencializar, embora não nos custe entender que o objectivo é convencer o cidadão de que está em causa a sua segurança e com ela a dos que com ele vivem e convivem.

Resta-nos manter a calma e ficar vigilantes para que o pior não nos bata à porta.

FIO DE PRUMO
Jorge Santos
Jornalista