Desde abril registam-se 933 idosos e 313 funcionários infetados com Covid-19 no distrito

Desde abril foram identificados 933 idosos e 313 funcionários infetados pela Covid-19 em lares e residências da região. Destes há a registar cerca de 13% de mortes. Atualmente existem 17 surtos ativos.

Entre abril e 17 de novembro foram registados quarenta e um surtos da Covid-19 em lares e outras estruturas residenciais para pessoas idosas do distrito, envolvendo 933 utentes e 313 funcionários infetados, incluindo profissionais de saúde ao serviço destas instituições.

Durante este mesmo período, faleceram cerca de 13% do total de infetados, na sua maioria idosos com mais de 80 anos de idade, parte dos quais com outras patologias e morbilidades associadas.

Neste momento, segundo apurou o Semmais estão ativos 17 surtos a merecer “acompanhamento redobrado” das autoridades da saúde, Proteção Civil e Segurança Social, alguns dos quais a necessitar da intervenção das BIR – Brigadas de Intervenção Rápida, acionadas pela última instituição.

Estes números, confirmados pelo nosso jornal junto da cúpula da Segurança Social, são preocupantes, mas, ainda assim, “mais ou menos controláveis” no contexto do crescimento no todo nacional, nomeadamente nesta segunda fase da pandemia. “Existe uma articulação estreita entre as autoridades de saúde e a proteção civil, municipal e local connosco, o que inclui reuniões diárias em sede do Centro de Coordenação Operacional Distrital”, garante a administração do Instituto da Segurança Social.

 

Segurança social garante acompanhamento diário das situações

O processo está já muito mecanizado, uma vez que, segundo a mesma fonte, quando são identificados casos positivos numa Estrutura Residencial para Idosos (ERPI), em profissionais ou utentes, “é imediatamente comunicado à autoridade de saúde correspondente que avalia a situação e, em função dos resultados, elabora uma determinação com força legal”. A partir do momento da declaração do surto, as entidades referidas definem estratégias e procedimentos. “Tudo isto é articulado, com o acompanhamento diário da Segurança Social, mediante a evolução do surto”, explica aquela entidade.

De acordo com a perspetiva do Instituto da Segurança Social, que tutela os centros regionais em todo o país, “o mais importante é garantir a saúde dos idosos e o seu bem-estar”. Os planos de contingência procuram privilegiar a manutenção dos utentes nas próprias instituições, proceder nas mesmas instalações à separação física dos casos positivos e definir circuitos. Só em situações limite a opção é a deslocalização de infetados para os chamados espaços de retaguarda, o que até momento não se verificou em nenhum lar ou residência no distrito.

Outra das situações que está a preocupar os responsáveis ocorre quando a autoridade de saúde decide implicar no processo o confinamento dos trabalhadores, o que obriga ao acionamento das BIR, de forma “a garantir os serviços de apoio e rotinas em cada lar”, afirma a mesma fonte.

 

Caixa

Quase 1200 testes preventivos

Até ao momento, o programa de testagem preventiva em estruturas residenciais para idosos no distrito, que arrancou a 20 de outubro, já realizou 1.178 testes à Covid-19, sendo que destes foram identificados 17 positivos. Dada a prevalência de casos de infeção, a iniciativa da Segurança Social decidiu integrar no processo todas as ERPI e lares residenciais, independentemente da sua capacidade instalada.