Nem para estagiária os queria

No outro dia coloquei num post no meu mural do facebook, fiz um apelo para ter um(a) estagiário(a) no curso da Ordem dos Advogados de acesso à advocacia.

Recebi as naturais candidaturas e a todos(as) fui dizendo o que queria num estagiário(a), o que também tinha para dar e, entretanto.

Entretanto, lendo as notícias, volto a ser confrontado com notícias sobre as trapalhadas que a nossa ministra da Justiça fez em relação à indicação do nosso Procurador Europeu.

Logo ali decidi que se havia alguém que não queria, nem para estagiária, esse alguém é a Sra.  Ministra da Justiça, Francisca Van Dumen, que após tantas trapalhadas, lá enviou ao representante português junto da União Europeia uma correcção aos erros que constam do currículo do Procurador Europeu José Guerra.

Ora, erros, confusões e pedidos de desculpa (que se evitam, não se dão), muito menos quando se pedem apenas quando são apanhados, depois de desmentirem o erro é precisamente o que não quero.

Depois, é tão incompetente e malformada que veio colocar as culpas no seu director geral, que num rasgo de dignidade se demitiu, mas com o cuidado de ainda vir a tempo de desmentir a ministra, logo, para além de incompetente, trapalhona, pelos vistos é mentirosa (acreditando nas palavras do seu director-geral).

Assim, ficou automaticamente excluída da selecção oficial, para profundo alívio das(os) outras(os) candidatas(os), pois não pactuo com gente incompetente, trapalhona e sobretudo que se sujeite a ser desmentida pelos seus subordinados.

Outra pessoa que garantidamente não tinha lugar nessa selecção é o nosso PM. Vejamos:

Tem no seu currículo, o histórico em Tancos, nos incêndios de Pedrogão e outros escândalos que num País civilizado já o teriam atirado borda fora, decidiu continuar a provar-nos que é um mau Primeiro-Ministro e que não serve os interesses do País.

Para aprimorar o seu CV em Agosto a comunidade médica e científica sabia que a segunda vaga apareceria após Setembro, com a reabertura das aulas, o fim das férias, o lento, mas inevitável retomar do frio e o que fez o governo? Nada.

Em Novembro/Dezembro, com o frio a começar a apertar e com focos muito intensos, sobretudo a norte, onde o descontrolo apanhou todos de surpresa, o que fez o Governo?

Pouco ou nada, limitando-se a cortar as deslocações nos feriados e amontoar todos os tugas nos supermercados e mercados aos sábados de manhã. Ainda fez mais, pois veio afirmar que ninguém previa uma segunda vaga.

Eu diria, se a segunda vaga apanhou o Sr. PM de surpresa então ou ele andou em Marte durante 2020, ou é incompetente ou mentiroso (escolham uma das três) pois não havia português que não soubesse que a segunda vaga era inevitável.

Para o final de Dezembro havia dois acontecimentos importantes, que preocupou os responsáveis políticos no mundo inteiro: O Natal e o Fim do Ano. O que fez o PM? Fingiu que decidiu, não tendo decidido nada. No fim de contas, quem quis passar o natal com um regimento dos sapadores de bombeiros, conseguiu fazê-lo descansadamente.

O pior é que a factura era inevitável e estamos a pagá-la agora: quem quis ser simpático, não actuando preventivamente, agora obriga-nos a um evitável confinamento (se tivesse sempre tomado as medidas certas).

Desculpem-me mas eu não compreendo como é que noutros Países não podemos lá entrar sem apresentar um teste negativo ao Covid-19 e aqui em Portugal é um regabofe. Entra quem quer.

Eu não consigo compreender como é que a Dra. Graça Freitas, ao fim de um ano de afirmações erradas, guiando-nos mal, continua no cargo.

Não consigo conceber, como é que uma DGS autorize que um PR vá a uma entrevista com outro candidato (ainda por cima sem máscara) após ter estado em contacto com um assessor que testou positivo e que não seja mandado ficar em confinamento.

Não consigo perceber como é que um governo que recebe milhares de milhões de euros da Europa, na chamada “Bazuca económica” que em todos os países está a ser usada para ajudar as famílias e os empresários e neste País é usada para a TAP e para projectos para linhas férreas de utilidade duvidosa.

Quero acreditar que este confinamento abrande os números de infectados e de mortes e que a vacina vá paulatinamente inverter a situação, pois não acredito em quem comanda a nau deste admirável País.

Mais depressa acredito no(a) eleito(a) para meu(minha) estagiário(a) do que neste Primeiro-Ministro.

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA
Paulo Edson Cunha
Advogado