É um apelo desesperado no dia em que a unidade hospitalar conta com mais de 200 doentes internados com a Covid-19, dezoito destes em cuidados intensivos.
O Hospital Garcia de Orta apela à população que serve dos concelhos de Almada e Seixal, para, que em caso de doença, recorra em primeiro lugar ao Médico de Família/Centro de Saúde. E, em caso de sinais e sintomas, compatíveis com doença respiratória, a população deve dirigir-se primeiro às áreas dedicadas para doentes respiratórios –-ADR – dos Centros de Saúde – reservando as situações mais complexas, graves, agudas e urgentes para serem assistidas no hospital.
Este apelo faz-se no dia em que a unidade hospital, a principal do distrito de Setúbal, regista, um total de 201 doentes positivos por infeção por SARS-COV-2, dos quais 175 estão internados em enfermaria, 18 doentes em Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) e 8 doentes internados em Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD).
O hospital volta a registar um crescimento dos doentes internados em enfermaria, positivos para a infeção por SARS-COV-2 e a ajustar a lotação afeta à COVID-19, de modo a acomodar a necessidade do número de doentes internados positivos por infeção por SARS-COV-2.
No decorrer da articulação regional permanente com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), o Hospital continua a transferir doentes mediante disponibilidade de vagas comunicadas pela ARSLVT.
Segundo o Gabinete de Informação do HGO, a nível local, dos concelhos de Almada e Seixal, o Hospital conta com o prolongamento de horário das áreas dedicadas a doentes respiratórios – ADR – dos ACES, nomeadamente do Laranjeiro e do Seixal, com disponibilidade atual até às 20h00, de segunda a domingo.
O HGO permanece no nível III do seu Plano de Contingência, apresentando à data de hoje uma taxa de ocupação superior a 250%, relativamente ao que previa o Plano de Contingência, nomeadamente de 66 camas em enfermaria e 9 de cuidados intensivos, destinadas a doentes positivos para SARS-CoV-2.
A administração do Garcia de Orta agradece, uma vez mais, “o elevado esforço, dedicação e compromisso dos seus profissionais. O Hospital continuará a adotar as soluções adequadas para aumentar a capacidade de resposta aos doentes”.
É previsível que até final do mês de janeiro, possa vir a ser expandida a Área Dedicada ao Atendimento de Doentes Respiratórios (ADR) do Serviço de Urgência Geral, aumentando a lotação de cuidados intensivos e a abertura de uma nova enfermaria, em estrutura modular, mediante disponibilidade de recursos humanos.
Nos últimos três meses, o HGO tem mantido uma taxa de esforço elevada e contínua, sendo um dos hospitais da Região de Lisboa e Vale do Tejo com maior número de doentes Covid, internados em enfermaria e cuidados intensivos.