GNR decide fecho temporário de três postos de atendimento no distrito de Portalegre

A GNR suspendeu temporariamente o funcionamento de três postos de atendimento reduzido no distrito de Portalegre devido às “circunstâncias particulares e excecionais” que o país atravessa, no combate à pandemia da covid-19.

Numa nota enviada à agência Lusa, após ter sido questionado sobre esta matéria, o Comando-Geral da GNR recorda que as “circunstâncias particulares e excecionais” que o país atravessa, em especial com a reposição do controlo de fronteiras terrestres, conta com o “forte empenhamento” da Guarda.

“A Guarda considerou operacionalmente vantajoso adotar esta medida temporária, a qual permite alocar um maior número de militares para o serviço operacional, nomeadamente para o controlo da fronteira terrestre”, pode ler-se na nota.

Segundo a GNR, esta medida “apenas vigorará enquanto se afigurar absolutamente necessário”, sendo retomada a “situação de normalidade logo que possível”.

No Comando Territorial de Portalegre da GNR, foi temporariamente suspensa a atividade em três postos de atendimento reduzido: Casa Branca (Sousel), Galveias (Ponte de Sor) e Cabeço de Vide (Fronteira).

De acordo com a GNR, esta medida permitiu a transferência temporária de “cinco militares” para os postos sede de agrupamento.

A GNR acrescenta ainda que os restantes quatro postos de atendimento reduzido no distrito de Portalegre, situados em Vila Boim e Santa Eulália (Elvas), Alpalhão (Nisa) e Santo António das Areias (Marvão), “não tiveram alterações” no seu funcionamento.

Na sequência desta medida, a Direção da Organização Regional de Portalegre (DORPOR) do PCP criticou, em comunicado, o encerramento temporário do posto de atendimento de Galveias.

O PCP “reclama” junto do Ministério da Administração Interna a “reversão” deste tipo de medidas, tendo em “consideração” a “necessidade de garantir” os serviços de proximidade às populações do interior e “evitar novas necessidades” de deslocação neste tempo de pandemia a pessoas com “fracos” recursos.

“Trata-se de mais um sinal preocupante do abandono do interior e dos seus problemas”, em “resultado das políticas de direita por parte do Governo e de reafirmação da sua política de concentração”, as quais “promovem o despovoamento destes territórios que já possuem muito baixa densidade populacional”, referem os comunistas.

Os habitantes destes territórios, “sendo poucos ou muitos têm direito e merecem ser respeitados”, pode ler-se no comunicado.