O IAPMEI e o Instituto Politécnico de Setúbal anunciaram um projeto para “incentivar e alargar o acesso” de empresas de Angola aos serviços financeiros, prevendo atividades de “formação e capacitação de todos os atores envolvidos”.
“O IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação e o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) irão dinamizar um conjunto de atividades, como ações de formação e sensibilização, desenvolvimento de instrumentos de apoio à gestão, eventos temáticos dirigidos ao setor público e privado, campanhas de sensibilização para o incremento da literacia financeira, entre outras”, refere um comunicado ontem divulgado.
O documento acrescenta que o projeto “visa incentivar e alargar o acesso das micro, pequenas e médias empresas aos serviços financeiros através da formação e capacitação de todos os atores envolvidos”, como as próprias empresas, bancos comerciais ou o sistema judiciário, e através “de um diálogo público-privado estruturado”.
O projeto, que tem início neste mês, é financiado pela União Europeia e enquadra-se no Programa de Desenvolvimento do Setor Privado em Angola, que decorre sob a coordenação do Ministério da Economia e Planeamento angolano.
“Atualmente, o setor privado e as micro, pequenas e médias empresas em Angola confrontam-se com importantes desafios em que sobressaem: barreiras burocráticas à criação de um negócio, acesso limitado a financiamento e a crédito, infraestruturas insuficientes, baixo nível de qualificação dos recursos humanos e dificuldades de acesso a moeda estrangeira”, explica a nota de imprensa.
O presidente do IAPMEI, Francisco Sá, considerou que este projeto “constitui uma valiosa oportunidade para partilhar experiências e metodologias de trabalho, contribuindo para o enriquecimento institucional através do reforço da cooperação entre todos os envolvidos”.
Por sua vez, o presidente do IPS, Pedro Dominguinhos, argumenta que o Politécnico de Setúbal “está fortemente empenhado neste projeto”, para o qual “espera contribuir para o fortalecimento das competências dos quadros angolanos e para a dinamização da cultura empreendedora e da criação de empresas em Angola.
O secretário de Estado adjunto e da Economia português, João Neves, acredita que este projeto “trará progressos significativos tanto ao nível da capacitação e cooperação institucional, como ao nível do acesso das micro, pequenas e médias empresas a novos serviços financeiros mais diversificados, inovadores e inclusivos”.
A embaixadora da UE em Angola, Jeannette Seppen, referiu que o projeto se inscreve “no esforço conjunto da União Europeia e do Governo angolano para gerar empregos e valor acrescentado para o país, que necessita de mobilizar todos os instrumentos (..) para dinamizar o ambiente de negócios em Angola”.