Lançada escola pioneira na área da ciência e tecnologia no Seixal

Destinado aos alunos do concelho, iniciativa quer capacitar jovens para a ciência e tecnologia. Ambição é que estes estudantes possam ajudar a estimular o futuro do município nestas áreas.

O projeto “Seixal Criativo – Escola de Bits e Átomos”, lançado quinta-feira pela autarquia local, tem por objetivo criar um centro de aprendizagem e experimentação, para as áreas da ciência e tecnologia, destinado aos jovens do concelho, do 2o e 3o ciclos e do ensino secundário.

“Com este projeto, a câmara pretende proporcionar aos alunos do concelho a possibilidade de aprendizagem nas áreas da ciência e tecnologia, permitindo-lhes adquirir conhecimentos para a criação de projetos inovadores relacionados com a realidade virtual ou aumentada, desenvolvimento de protótipos, sensores, modelação, animação, jogos virtuais, entre outros” afirmou na apresentação Paulo Silva, presidente da edilidade.

O autarca do Seixal, que demonstrou entusiasmo com o lançamento desta iniciativa, referiu ainda a importância que a mesma poderá ter no futuro: “Consideramos que este projeto é estrutural para o nosso concelho. O desenvolvimento passa por ter cidadãos mais capacitados e esta capacitação passa pelos nossos jovens. Por isso idealizámos este projeto”. Paulo Silva considerou também esta escola como “um complemento” ao estudo normal e uma “clara aposta no ensino publico”.

Na coordenação estão António Câmara e Edmundo Nobre, investigadores e professores da Universidade Nova de Lisboa, autores de projetos de vanguarda e especialistas em áreas como a realidade virtual, sistemas de informação geográfica e engenharia ambiental.

Projeto pioneiro arranca em 2023 com 100 alunos

“A nossa prioridade é que os estudantes tenham um primeiro contacto com as tecnologias que vamos explorar. Depois, queremos levá-los a desenvolver projetos”, explicou o professor António Câmara. Estes projetos estão ligados a elementos do concelho, das mais variadas áreas como são o desporto, o ambiente e a ecologia.

O responsável afirmou ainda que os públicos-alvo são todo o tipo de alunos. “Queremos estimular a criatividade. Não queremos ter estudantes só de uma área, mas de diversas, como humanidades, artes, etc.”, sublinhou.

Paulo Silva revelou que o projeto irá arrancar, no início do próximo ano, com 100 alunos do 10o ano de escolaridade, decorrendo as aulas nos Serviços Centrais da câmara “Este é o nosso objetivo inicial. Queremos estudantes dos vários agrupamentos de escolas do nosso município”. Posteriormente, explicou o autarca, o objetivo passa pela “criação de instalações próprias” e que o projeto abranja cerca de “1500 alunos”.

Na apresentação do programa, destaque para os seminários mensais com oradores convidados e ainda um festival anual, onde os estudantes podem apresentar trabalhos e projetos. “A ideia é estimular e motivar os alunos com as atividades que temos programadas”, reforçou António Câmara.

A explicação e divulgação do projeto deverá agora passar, segundo Paulo Silva, para os agrupamentos de escolas, estando equacionado ser a própria autarquia e equipa de coordenação a levarem a cabo essas apresentações.