Almada lança primeira pedra para habitações de rendas acessíveis

Construção de 208 habitações de renda acessível nas zonas de Alcaniça, Quinta do Olho de Vidro e Alfazina representam um investimento de cerca de 31 milhões de euros, no âmbito do PRR.

Foi lançada, simbolicamente, a primeira pedra da fase inicial de construção de imóveis no âmbito do Plano Integrado de Almada. A cerimónia, realizada quarta-feira e que serviu ainda para apresentar o plano habitacional público a ser implementado naquela e noutras zonas do concelho, contou com a presença do executivo municipal, do ministro das Infraestruturas e Habitação, da ministra de Estado e da Presidência e da presidente do concelho diretivo do IHRU.

Inicialmente, o projeto prevê 208 habitações de renda acessível, 24 em Alcaniça, 28 na Quinta do Olho de Vidro e as restantes 156 em Alfazina, num investimento superior a 31 milhões de euros, aplicados no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Na cerimónia, Inês de Medeiros demonstrou satisfação pelo arranque do que considera ser “um dos projetos mais ambiciosos de habitação publica”. “É um dia feliz para Almada. Esta tem sido uma das nossas maiores prioridades.”, afirmou.

“O nosso propósito é claro. Queremos acabar com o drama da habitação indigna e da falta de habitação no concelho”, disse, aludindo ao investimento que a câmara tem feito nesta matéria e lamentando que a situação se tenha arrastado nas décadas passadas e a existência dos chamados “bairros de barracas” que pretende continuar a combater.

Para Pedro Nuno Santos assiste-se, atualmente, a uma “mudança de paradigma”. “É o maior investimento na construção de habitação de raiz do IHRU, ou seja, do Estado Português desde há mais de 40 anos”, referiu o governante.

O ministro das Infraestruturas e Habitação destacou ainda que com a construção deste género de imóveis abre-se também um espaço importante à classe média. “Aquilo que estamos a fazer é gigantesco. Com o desenvolvimento do parque habitacional público, podemos dar oportunidade de jovens, famílias de baixo ou médio rendimento terem uma habitação e melhorarem as suas vidas”, referiu.

Por sua vez, a presidente do conselho diretivo do IHRU também sublinhou a importância desta iniciativa e a mudança de paradigma: “Encontrei projetos muito interessantes. Foi importante ver como se conseguiu retirar algumas visões estereotipados sobre a habitação, especialmente quando falamos da habitação social”, disse Isabel Dias.