Projeto na Herdade da Apostiça avaliado em mais de mil milhões

Empreendimento vai ser implantado nas próximas décadas e deverá gerar milhares de postos de trabalhos. Investidor e autarquia asseguram que a sustentabilidade ambiental não está apenas garantida como será promovida.

O Contrato de Urbanização da Zona Norte da Mata de Sesimbra, um ambicioso empreendimento turístico que irá nascer na Herdade da Apostiça, propriedade da família Albaker, foi assinado quinta-feira e promete marcar o desenvolvimento futuro do concelho.

Planeado desde 2012, no âmbito do Plano de Pormenor da Zona Norte da Mata de Sesimbra, o projeto representa um investi- mento superior a mil milhões de euros, estando prevista, por exemplo, a infraestruturação do território, construção de edifícios e também vias de acessibilidade. Os vários núcleos a serem edificados na urbanização contemplam um Centro de Animação Turística, Centro de Estágios Desportivo, campos de golfe, espaços para hipismo e hotéis.

Mohamed Albaker, em representação do tio, Jasem Albaker, manifestou-se entusiasmado pela formalização do acordo. “Sinto-me aliviado, porque é um projeto importante e que também vai garantir o desenvolvimento do concelho. Este dia finalmente chegou”, afirmou em declarações ao Semmais.

Ainda assim, o responsável reconhece que há muito trabalho pela frente: “Estamos a falar de um trabalho longo, árduo e que requer muita preparação para que esteja concluído nos próximos 20 a 30 anos”.

O presidente da câmara de Sesimbra, também reforçou a narrativa da importância que a urbanização vai ter no município, dando como exemplo o impulso no “desenvolvimento económico e no “emprego”, uma vez que se estima a criação de milhares de postos de trabalho diretos e indiretos, ao longo das diferentes fases.

Arranque da intervenção vai dar emprego a 60 pessoas

Como explicou Mohamed Albaker, espera-se que “na fase de construção das infraestruturas” sejam criados “60 postos de trabalho diretos em permanência” durante os dez anos de execução. Depois, para a edificação dos imóveis, estão previstos “entre 1000 a 1400”. Já na fase de exploração, atendendo “aos diferentes empreendimentos turísticos e tipologias das unidades de alojamento” estima-se empregar “entre 1100 a 1300 trabalhadores”.

Um dos valores mais vinca- dos durante a cerimónia de assinatura do contrato do projeto foi o facto de respeitar a mancha verde onde está inserida. “A sustentabilidade teve sempre no nosso pensamento, respeitando o seu valor ambiental e paisagístico, num convívio harmonioso com a gestão florestal, que será preservada e desenvolvida”, referiu Mohamed Albaker, sublinhando que mais de 2 mil hectares serão destinados a uso florestal.

O presidente da câmara destacou este como, talvez, o elemento mais essencial deste projeto, já que Sesimbra conseguiria “desenvolver-se em torno desta urbanização”, sem colocar em causa “a sua mancha verde e a política de sustentabilidade”.