Carlos Albino, presidente da câmara, explica que existem ainda problemas nas carreiras ao final do dia que fazem o percurso entre Lisboa e o município
O presidente da Câmara da Moita disse hoje que o transporte rodoviário de passageiros registou melhorias no concelho, mas que ainda existem constrangimentos no trajecto entre Lisboa e o município, que já foram reportados à Transportes Metropolitanos de Lisboa.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do município da Moita explicou que os seus serviços foram verificar ‘in loco’ como estava a ser prestado o serviço de transporte rodoviário de passageiros, assegurado pela transportadora Alsa Todi, e que detectaram problemas nas carreiras ao final do dia que fazem o percurso entre Lisboa e a Moita.
“Nos horários da manhã, como tive oportunidade de testemunhar, as coisas têm vindo a melhorar francamente com o aumento da oferta feita, com o incremento das carreiras aqui na Moita, o que há muito tinha vindo a ser solicitado”, disse Carlos Albino, adiantando que alguns problemas têm sido resolvidos, embora “não à velocidade” pretendida.
A chegada de novos motoristas, frisou, tem permitido dar uma resposta diferente no concelho. Já em Lisboa, adiantou, os serviços verificaram que existem constrangimentos com longas filas de espera, facto que, assegura, foi de imediato transmitido à Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML).
“Continuamos atentos e vigilantes para salvaguardar o interesse público, que é o interesse da nossa população para ire para o trabalho, serviços de saúde ou escolas”, disse.
Carlos Albino manifestou ainda alguma preocupação com a entrada em funcionamento do serviço na margem norte do Tejo. “Num momento em que faltam tantos motoristas, e sabendo que há escassez, é com preocupação que vejo que a margem norte vai avançar”, disse.
Os autocarros amarelos da Carris Metropolitana começam em Janeiro a circular na margem norte da Área Metropolitana de Lisboa, depois de as transportadoras responsáveis assegurarem terem os motoristas e as viaturas necessárias.
A operação na margem norte deveria ter sido iniciada em setembro, mas os problemas verificados na margem sul fez com que fosse prorrogada para 01 de Janeiro de 2023.
Na margem norte da AML, a ‘área 1’ (concelhos de Amadora, Oeiras e Sintra e transportes intermunicipais com Cascais e Lisboa) foi concessionada à empresa Viação Alvorada e a ‘área 2’ (Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira) à transportadora Rodoviária de Lisboa.
Criada pela empresa pública TML, a Carris Metropolitana é a marca comum para funcionamento das operações de transporte público rodoviário na Área Metropolitana de Lisboa.
A marca gere as redes municipais de 15 dos 18 municípios (uma vez que dentro dos concelhos do Barreiro, Cascais e Lisboa se mantém tudo como está) e a totalidade da operação intermunicipal dos 18 concelhos.
Desde 01 de Junho já é responsável pelo transporte de passageiros dentro dos municípios de Almada, Seixal, Sesimbra, Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, na margem sul.
Na rede municipal do Barreiro, o transporte continua a ser feito pelo operador interno Transportes Colectivos do Barreiro (TCB), em Cascais pela Mobi Cascais e em Lisboa pela Carris.
Na margem sul, em Almada, Seixal e Sesimbra (‘área 3’) a operação foi concessionada aos Transportes Sul do Tejo e em Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal (‘área 4’’ à empresa Alsa Todi, que assegura ainda as ligações intermunicipais ao Barreiro e para fora da AML para a zona do Alentejo central.