Orquestra de Câmara de Berlim encerra Festival de Música dos Capuchos

Sob a direção do maestro Wolfgang Emanuel Schmidt, orquestra berlinense estreia-se no nosso país, num espetáculo onde tocará um reportório de nomes consagrados, como Edward Elgar, Joseph Haydn e Pyotr Tchaikovsky.

A Orquestra de Câmarade Berlim, Metamorphosen, sobe ao palco do Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, este domingo, pelas 18h00, para o concerto de encerramento do Festival de Música dos Capuchos.

Além do simbolismo do momento final da edição deste ano do certame, este espetáculo marca ainda a estreia desta orquestra germânica no nosso país e adensa as expectativas. “Naturalmente que é uma honra podermos receber esta banda no Festival dos Capuchos. Estamos a falar de um conjunto de referência mundial, composto por excelentes músicos e sob a direção do maestro Wolfgang Emanuel Schmidt, que nos vem apresentar um programa extremamente apelativo”, destaca ao Semmais, Filipe Pinto Ribeiro, diretor artístico do festival.

Com um concerto intitulado de “Metamorfoses de Liberdade” a orquestra berlinense apresenta um reportório de nomes consagrados, como Edward Elgar, Joseph Haydn e Pyotr Tchaikovsky, tocando respetivamente “Serenata Op. 20”, “Concerto para Violoncelo e Orquestra Nº 1” e “Serenata Op. 48”.

A estreia da orquestra em Portugal, vem reforçar, de acordo com Filipe Pinto Ribeiro, a aposta do festival em apresentar uma programação diferenciadora. “Temos esta vontade de trazer ao nosso país agrupamentos e grandes solistas em estreia a nível nacional. Nesta edição tivemos, por exemplo, também, a Orquestra Sinfónica de Paris, o Paganini Ensemble Vienna e o pianista ucraniano Roman Fediurko. Consideramos isto um aspeto muito importante para o evento, além de, naturalmente, trazermos nomes consagrados e dar espaço a jovens músicos portugueses”, sublinha o responsável.

Grande consolidação e acolhimento do público

A presença destes artistas, tanto coletivos e como individuais, são a prova de que o Festival de Música dos Capuchos, regressado em 2021, após duas décadas de interregno, vive um claro momento de expansão e consolidação e assume um importante papel na oferta cultural, não apenas da região, mas também a nível nacional. “Temos tido salas cheias e uma excelente adesão do público, muito entusiasta, e cada vez mais críticas internacionais de imprensa especializada. Desse ponto de vista, temos excedido as nossas expectativas, o que representa a consolidação do festival, um facto que muito nos agrada” refere Filipe Pinto Ribeiro.

Um dos elementos destacados pelo responsável é a proximidade e o sucesso que têm conseguido junto do público. “Acho que é algo que nos podemos orgulhar. Conseguimos atingir o público de massas que, de uma forma entusiasta, responde muito bem a todas as nossas atividades. E primeiro lugar aos concertos, mas também às conversas, que têm tido a curadoria do Carlos Vaz Marques, e ainda às nossas masterclasses, com muitos pedidos de inscrições”, destaca o diretor artístico.