Edição deste ano conta com o apoio do Institut Ramón Llull e volta a passar pelas paisagens de Sines como o Castelo, a Avenida Vasco da Gama, o Pátio das Artes, a Alameda da Paz e o Largo do Poeta Bocage, entre outras.
Sines volta a ser palco da Mostra de Artes de Rua que, entre esta sexta-feira e domingo, oferece um extenso cartaz de apresentações e espetáculos em vários locais emblemáticos da cidade.
Circo, clown, formas animadas, dança, música, jogos interativos e outras tantas experiências disciplinares são as áreas que o público pode encontrar na programação desta 6.ª edição promovida pelo Teatro do Mar, em coprodução com a autarquia local. “A M.A.R vai ao encontro das crenças que a nossa companhia tem no que toca às práticas artísticas e culturais. Por exemplo, o espaço público foi sempre um palco de resistência de transformação e, talvez por isso ,o tenhamos escolhido como local privilegiado para este encontro e partilha, também para a construção de relações e memórias. Urge encontrar lugares onde as pessoas possam efetivamente encontrar-se e ligar-se ao seu próprio território usando as artes de rua como veículo para esse encontro e eventual transformação”, destaca Julieta Aurora Santos, diretora artística da M.A.R. em conversa com o nosso jornal.
Nesse sentido, o programa oferece 30 apresentações por 21 projetos com artistas de uma dezena de países (Portugal, Espanha, França, Guatemala, Irlanda, Itália, Malásia e Reino Unido), e atividades de proximidade com o público. “A maior parte das propostas artísticas ligadas à rua acabam por ter na génese a universidade da linguagem, passível de ser entendida por qualquer tipo de público. Além disso, na nossa programação temos a preocupação de trazer trabalhos com créditos firmados, com qualidade e também que estes se possam adaptar aos vários pontos da cidade, para que se associem ao território”, refere a mesma responsável.
Uma das grandes novidades deste ano está no leque de apoios conseguido pela organização. Além de já contar com a Direção- -Geral das Artes e o Ministério da Cultura, associou-se também a prestigiada instituição catalã Institut Ramón Llull. “O instituto abriu candidaturas a festivais que quisessem programar companhias catalãs, privilegiando quem já o fizesse há algum tempo. No nosso caso já desde a primeira edição que contamos com a Catalunha, que é uma região importante e tem um grande reflexo nas artes de rua europeias. Este ano no âmbito deste apoio vamos ter três companhias de Barcelona em Sines”, explica Julieta Aurora Santos.
Na sexta edição o certame dá sinais de grande vitalidade, demonstrando uma grande relação com o público. “Essa acaba por ser a particularidade das artes de rua, cultivar muito o contacto e a participação do público. A nossa mostra está a afirmar-se, porque a cada edição temos recebido um feedback positivo e sentimos que há cada vez mais adesão do público”, acrescenta.