A antiga fábrica de cortiça Mundet, no concelho do Seixal, vai acolher, a partir de terça-feira, o Centro de Arquivo, Documentação e Audiovisual da CGTP, um espaço para gerir o património documental e museológico da central sindical.
A inauguração do Espaço Memória – Centro de Arquivo, Documentação e Audiovisual, a 1 de Outubro, assinala assim os 54 anos da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN).
Em comunicado, a CGTP explica que este novo espaço irá gerir o património documental e museológico da CGTP-IN e promover iniciativas que fomentem o estudo, investigação, aprofundamento do conhecimento e a reflexão em torno da história do movimento operário e sindical.
Neste local funcionará também um espaço multifuncional, com áreas destinadas a exposições permanentes e temporárias, conferências e iniciativas afins, bem como com a realização de eventos de natureza sindical e cultural, entre outros.
De acordo com a autarquia do Seixal o espaço onde ficará localizado – a antiga Fábrica de Cortiça L. Mundet & Sons – tem forte ligação às raízes históricas do mundo do trabalho e sociais do Seixal, por via da atividade e intervenção do movimento operário ligado à indústria corticeira, nomeadamente pelos Sindicatos da Indústria Corticeira da CGTP-IN.
Paulo Silva, presidente da Câmara Municipal do Seixal, explica em comunicado que o espaço resultou de um contrato de comodato entre a autarquia e a CGTP-IN, permitindo reunir no concelho e, em particular, na Mundet, “o importante espólio documental da história do trabalho e dos movimentos operários e sindicais empenhados na construção de melhores condições de vida para os trabalhadores e para o povo”.
A primeira exposição do Espaço Memória será “Seixal: Trabalho, Luta e Liberdade”, o que, segundo a autarquia, visa homenagear os homens e as mulheres do concelho que trabalharam na agricultura, na indústria naval e pesca, e também nas diversas indústrias que se instalaram na região, bem como as suas reivindicações e mobilizações.
O evento irá contar com um momento musical com a atuação de Luísa Amaro, na guitarra, e Gonçalo Lopes, no clarinete, numa homenagem a Carlos Paredes.